Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DA TAXA DE REJEIÇÃO DOS PRIMEIROS TRANSPLANTES ENDOTELIAIS CORNEANOS REALIZADOS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNICAMP

Introdução

Os transplantes endoteliais estão ganhando cada vez mais espaço para o tratamento de disfunções do endotélio corneano. Técnicas como o DSAEK e o DMEK estão se popularizando e são consideradas mais efetivas, seguras e bem sucedidas. No entanto, mesmo com o privilégio imune da córnea, a rejeição ainda é o principal fator que desencadeia a falência do transplante, sendo muito temida pelos cirurgiões.

Material e Método

Trata-se de um estudo retrospectivo através da coleta de dados disponíveis nos prontuários dos participantes. Os dados serão tabulados em Microsoft Excel 2011, para posterior análise estatística com o software R

Resultados

O estudo encontra-se em fase de coleta de dados e, até o momento, temos como resultados parciais a realização de 128 DSAEK e 20 DMEK. As principais indicações da cirurgia foram: descompensação corneana pós cirurgia de catarata (61%) e Distrofia corneana de Fuchs (20%). Dentre as complicações pós operatórias, o descolamento do botão doado foi observado em 6% dos casos, aumento de PIO em 12% e falência em 35%. 8% evoluíram com rejeição, todos após realização de DSAEK ocorrendo, em média, após 9 meses de cirurgia. Os sintomas principais foram dor e baixa acuidade visual. Foi iniciado tratamento com corticoide tópico em todos os pacientes e endovenoso em 4 pacientes, 5 melhoraram e 7 evoluíram para falência secundária.

Discussão e Conclusões

Uma revisão realizada pela AAO, mostra taxas muitos variadas de complicações entre os estudos, tendo como média 5% de falência e 10,4% de rejeição. Por ser um procedimento relativamente novo e ainda em evolução, encontramos altas taxas de complicações em nosso serviço, o que demostra uma curva de aprendizado longa para essa cirurgia.

Palavras Chave

transplante endotelial, rejeição, falência