Dados do Trabalho

Título

O impacto do teste de apneia em potenciais doadores em Rondônia

Introdução

A resolução do CFM nº 2.173/2017 destaca que para o diagnóstico de morte encefálica são necessários pré-requisitos como o teste de apneia. Atualmente, este teste em pacientes hipercápnicos crônicos tem constituído um desafio para a efetivação de um doador. O objetivo do estudo é analisar o impacto da não realização do teste de apneia em potenciais doadores com retenção crônica de O2 para o serviço de transplantes da região.

Material e Método

Trata-se de uma pesquisa observacional, quantitativa, realizada na Central Estadual de Transplantes (CET) de Rondônia. Verificaram-se oito prontuários de pacientes, com protocolo de morte encefálica não finalizados do ano 2018. Variáveis: sexo, idade, diagnóstico, tempo de internação e realização ou não do teste de apneia.

Resultados

Mediante uma análise estatística a maioria era do sexo masculino 62,5% (N=5), média de idade de 38 anos ± 12,36, vítimas de acidente vascular cerebral hemorrágico 37,5% (N=3) e com média de 22,4 dias de internação ± 29,6. Verificou-se que 37,5% (N=3) destes potenciais doadores não conseguiram realizar o teste de apneia. Entre eles, 66,7% (n=2) não atingiram parâmetros adequados na gasometria para a realização do teste o que implica a não finalização dos protocolos. Em 2018, em Rondônia, 93 notificações de potenciais doadores foram realizadas e 19 foram afastados por ME não confirmada. Sendo assim, a não realização do teste de apneia representa 15,8% deste total.

Discussão e Conclusões

No presente estudo, a perda de potenciais doadores em razão de pneumopatias crônicas impactou negativamente a doação de órgãos, uma vez que os avaliados apresentam baixa média de idade (38 anos) e portanto poderiam ser doadores de critério padrão.

Palavras Chave

Potenciais doadores; Pacientes hipercápnicos; Teste de apneia.