Dados do Trabalho
Título
Qualidade de vida profissional no transplante de fígado: quando ajudar “doi”
Introdução
Testemunhar e atenuar o sofrimento humano, mantendo relação de ajuda entre a equipe multidisciplinar e pacientes, é desafiador. O objetivo deste estudo é avaliar a qualidade de vida profissional dos provedores da saúde de programa de transplante de fígado.
Material e Método
Em estudo de corte transversal, profissionais da equipe, de centro de referência em transplante de fígado do interior paulista, foram pesquisados, utilizando caracterização sociodemográfica e Escala de Avaliação de Qualidade de Vida Profissional versão 5- PROQOL-V. Trata-se de três subescalas para medir a satisfação por compaixão (SC), o Burnout (EB) e o Estresse Traumático Secundário (ETS).
Resultados
A pontuação do PROQOL-V indicou níveis médios nas três subescalas: SC (39,37 pontos), EB (29,33 pontos) e ETS (26,50 pontos) nos 30 participantes. A SC foi dominante (níveis altos em 33,33% e médio em 66,67%), o EB foi médio em 100% e o ETS foi médio em 76,67% e baixo em 23,33% dos participantes. A SC foi estatisticamente maior (p = 0,0138) entre pessoas com nível superior do que entre aqueles com nível fundamental e médio de escolaridade, enquanto que o EB foi estatisticamente maior (p = 0,0362) entre pessoas mais velhas (mais de 40 anos). Teste de correlação de Spearman demonstrou que a idade se encontra positivamente correlacionada com EB (r = 0,4077; p = 0,0253) e negativamente correlacionada com ETS (r = -0,3954; p = 0,0305). A SC se mostrou negativamente correlacionada com o ETS, embora de maneira marginalmente significativa (r = -0,3328; p = 0,0724).
Discussão e Conclusões
A equipe de transplante de fígado possui boa qualidade de vida profissional, apesar de estar exposta ao burnout e ao estresse traumático secundário pela natureza de seus deveres e responsabilidades.
Palavras Chave
Transplante de Fígado; Qualidade de Vida; Pessoal de Saúde
Área
ÉTICA, ENFERMAGEM, COORDENAÇÃO - Pós-operatório
Instituições
Escola de Enfermagem_Universidade de São Paulo - São Paulo - Brasil, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP - São Paulo - Brasil
Autores
Karina Dal Sasso Mendes, Ana Rafaela Filippini Lopes, Daniella Maia Marques, Fernanda Fernandes Souza, Cristina Maria Galvão, Orlando de Castro-e-Silva Junior