Dados do Trabalho

Título

TRANSPLANTE RENAL DE DOADOR COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA POR RABDOMIÓLISE: EXPERIÊNCIA NO HOSPITAL SANT PAU 2011-2017 E REVISÃO DA LITERATURA

Introdução

Os rins de doadores falecidos que desenvolvem insuficiência renal aguda (IRA) reversível devido à rabdomiólise são aceitos em diversos centros para transplante. Apresentamos a experiência do Hospital de Santa Creu i Sant Pau de Barcelona com 12 transplantes renais de seis doadores em morte encefálica com IRA devido à rabdomiólise.

Material e Método

No período 2011-2017, foram observados 148 doadores de órgãos consecutivos em morte encefálica. Seis (4%) doadores foram diagnosticados com IRA secundária à rabdomiólise com base na presença simultânea de mioglobinúria, níveis plasmáticos de creatina quinase (CK) acima de 1.000 U/L e creatinina sérica elevada. A idade média dos doadores foi de 36,3 ± 19 anos (16-65 anos). Doze transplantes renais foram realizados, cuja idade média dos receptores foi de 45 ± 12,2 anos (variação: 27-65 anos). O período de acompanhamento pós-transplante nos receptores variou entre 7 e 53 meses.

Resultados

Todos os rins foram normofuncionantes durante um período médio de acompanhamento de 21 meses (intervalo: 7-53 meses). Um receptor sofreu perda do enxerto renal devido à rejeição humoral crônica aos 53 meses pós-transplante. A média da creatinina sérica no final do seguimento no grupo dos 11 pacientes restantes com enxertos normofuncionantes foi de 124,8 ± 47,4 μmol / L (83-239 μmol / L). A sobrevivência do receptor durante o período de acompanhamento foi de 91,7%.

Discussão e Conclusões

A aceitação de doadores de órgãos com IRA devido à rabdomiólise permitiu a realização de transplantes renais com sucesso e não provocou maior morbimortalidade nos receptores a curto e médio prazo.

Palavras Chave

Transplante de Rim; Insuficiência Renal; Seleção do Doador; Cadáver