Dados do Trabalho

Título

STATUS EM FILA DE ESPERA PARA TRANSPLANTE DE CORAÇÃO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Introdução

A demora no diagnóstico de doenças cardiovasculares e sua complexa fisiopatologia tornam muitos pacientes aptos à fila de espera para transplante cardíaco. Compreender as variantes que influenciam no status em fila é basilar para aprimorar os centros transplantadores.

Material e Método

Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal, descritivo e analítico. Os dados foram coletados na Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Espírito Santo (CNCDO/ES) por meio do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). A amostra foi constituída pelos pacientes que permaneceram em lista de espera para transplante cardíaco no estado do Espírito Santo no período de janeiro de 2008 a janeiro de 2018.

Resultados

No estudo a média do tempo de espera foi de 678 dias. 49% dos pacientes em fila foram transplantados; 16,3% permaneceram ativos; 12,2% foram removidos (suspenso > 365 dias); 8,2% possuíam exames pré transplante incompletos; 5,1% foram removidos administrativo; 4,1% foram suspensos (sem condições clínicas); 2% abandonaram o tratamento; 2% não quiseram ser transplantados e 1% foi removido (sem condições clínicas).

Discussão e Conclusões

O status de 98 pacientes que estiveram em fila de espera nos últimos 10 anos para transplante cardíaco foram delineados no estudo. A fila de espera é um desequilíbrio entre demanda e oferta, o que agrava as condições clínicas e qualidade de vida dos pacientes. No estado do Espírito Santo, 49% foram transplantados, logo, mais da metade dos integrantes da fila não receberam o órgão. A demora no atendimento deve-se, ainda, a falta de conhecimento e aceitação por parte da população sobre o tema. A análise dos dados permite refletir quanto a necessidade de ações educativas de conscientização e criação de estratégias de cuidados em saúde.

Palavras Chave

Transplante Cardíaco; Status; Insuficiência Cardíaca.