Dados do Trabalho

Título

CORRELAÇÃO DAS BIÓPSIAS RENAIS COM AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS EM RECEPTORES DE TRANSPLANTES RENAIS

Introdução

A biópsia (Bx) do enxerto renal é o método padrão ouro para avaliação das condições que podem afetar o enxerto. As informações provenientes das biópsias podem modificar a impressão clínica e o tratamento em cerca de 40% dos pacientes, evitando os riscos de imunossupressão desnecessária. O objetivo desse trabalho foi correlacionar a biópsia do enxerto renal com as manifestações clínicas e laboratoriais dos pacientes transplantados renais.

Material e Método

Estudo observacional, retrospectivo, transversal, unicêntrico, onde foram analisados os laudos das biópsias renais e as manifestações clínico-laboratoriais dos pacientes submetidos a essas biópsias, no período de 01/01/2015 a 31/07/2016.

Resultados

Foram realizadas 120 Bx, 89 foram incluídas na análise. Na amostra predominaram homens, 62,9% (n=56). Os achados mais frequentes nas Bx renais foram necrose tubular aguda (NTA), 31,5% (n=28), seguido de fibrose intersticial e atrofia tubular (IFTA) 16,9% (n=15); normal 12,4% (n=11); hialinose do doador 10,1% (n=9); rejeição celular aguda (RAC) 5,6% (n=5) e rejeição aguda mediada por anticorpos (RAMA) 5,6% (n=5). A prevalência de RAMA com C4d negativo foi 8,3%. O tempo entre o TxR e a realização da Bx distribui-se da seguinte forma, 51% das Bx foram realizadas nos primeiros 6 meses pós-TxR.

Discussão e Conclusões

As principais indicações de Bx foram devido a elevação de creatinina e proteinúria. A creatinina e a proteinúria não foram suficientes para predizer se havia rejeição ou outra alteração. Com este estudo não foi possível encontrar variáveis, que se correlacionassem com alterações específicas das biópsias. Marcadores moleculares poderão ser utilizados no futuro, pois lesões histológicas individuais parecem não ser suficientemente boas como marcadores.

Palavras Chave

Transplante renal, Rejeição aguda, Biópsia do enxerto renal