Dados do Trabalho

Título

Novo protocolo de morte encefálica conforme resolução de 2017: uma análise comparativa

Introdução

A morte encefálica é definida pela perda definitiva e irreversível das funções do encéfalo por causa conhecida, que seja capaz de provocar o quadro clinico e ser comprovada. O diagnóstico de morte encefálica deve ser de certeza absoluta, não podendo haver risco de falso diagnóstico.O Diário Oficial da União publicou em Dezembro de 2017 a Resolução CFM 2.173/17 que atualiza os critérios para definição da morte encefálica, que facilita o diagnóstico de morte encefálica, diminui o tempo de prova e aumenta a possibilidade de doação de órgãos.

Material e Método

Estudo descritivo transversal feito por revisão de prontuários médicos. Critérios de Inclusão: Pacientes com diagnóstico de morte encefálica entre 2009 e 2013 avaliados pela OPO da Santa Casa de São Paulo com preenchimento completo dos dados analisados em prontuário e cujas causas de morte incluem: politraumatismo, AVC, tumor cerebral primário, intoxicação exógena, e anóxia. Critérios de Exclusão: Pacientes com dados incompletos no prontuário, pacientes diagnosticados com doenças transmissíveis, uso de drogas injetáveis ou neoplasia metastática e/ou cuja família tenha recusado a doação.

Resultados

O HSCSP levou 686 minutos para fazer a 2ª prova, quando o tempo deveria ser de 360 minutos. Os outros hospitais também ficaram acima do recomendado, totalizando 568 minutos entre 1ª e 2ª prova. No total, o hospital escola da HSCSP totalizou 1758 minutos entre o diagnóstico e o início da cirurgia de transplante, enquanto os outros hospitais levaram 1689 minutos (69 minutos a menos)

Discussão e Conclusões

O tempo de processo diagnóstico está longe do ideal em ambas as esferas analisadas e a taxa de doações em potencial que não foram efetivadas. Nesse contexto, o novo protocolo de ME propõe aperfeiçoar o tempo entre diagnóstico e transplante.

Palavras Chave

Protocolo de morte encefálica