Dados do Trabalho

Título

O conhecimento dos estudantes de medicina sobre o processo de doação e transplante de órgãos no Brasil

Introdução

O objetivo desse estudo foi investigar o conhecimento de estudantes de Medicina sobre a doação e transplante de órgãos no Brasil.

Material e Método

Estudo transversal incluindo 139 alunos do curso de Medicina de uma Universidade privada de Fortaleza, Ceará, no período de março a abril de 2019. A coleta de dados ocorreu por meio do autopreenchimento de questionários contendo itens de caracterização, legislação brasileira sobre transplantes, processo de doação de órgãos e questões comportamentais.

Resultados

Participaram 139 alunos, 77 sexo feminino (55%), idade 23±3 anos, 132 solteiros (95%), 96 católicos (69%), 42 do 8º período (30%), 32 do 5º (23%) e 29 do 6º (21%). 22 (16%) faziam trabalho voluntário, 47 (34%) eram doadores de sangue e 30 (22%) receberam orientações sobre doação de órgãos. 77 (55%) sabiam que a doação é consentida e 45 (32%) achavam que era presumida. Apenas 3 alunos (2%) afirmaram que podem ser doadores vivos de rim os familiares e cônjuges saudáveis e não parentes com autorização judicial. Para 116 (83%), considera-se o potencial doador após a morte encefálica (ME), 22 (16%) conheciam a alocação por compatibilidade genética, 134 (96%) acreditavam que o doador não fica deformado, 114 (82%) que o paciente em ME e com batimentos cardíacos foi a óbito e 87 (63%) que não existe idade limite para doação. 122 (88%) pretendiam ser doadores, 75 (54%) conversaram com a família sobre isso e 136 (98%) seriam doadores vivos. Se necessário, 136 (98%) receberiam órgãos de doador falecido e 121 (87%) autorizaria a doação de familiar em ME.

Discussão e Conclusões

Os alunos possuem conhecimento limitado sobre consentimento familiar, doação em vida e alocação de órgãos, o que sugere a necessidade da inclusão desses conteúdos no curso de medicina.

Palavras Chave

Doação de órgãos, Medicina, Graduação

Área

ÉTICA, ENFERMAGEM, COORDENAÇÃO - Estatísticas locais