Dados do Trabalho

Título

Transplante Renal em Pacientes Lúpicos - Resultados de um Centro Transplantador em Goiás.

Introdução

A nefrite lúpica (NL) é uma manifestação comum e grave do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e afeta aproximadamente 40% destes pacientes. O transplante renal (TxR) é o tratamento de escolha para pacientes com doença renal crônica terminal (DRCT) e a remissão do LES é importante antes de se proceder o TxR. Os objetivos do presente estudo foram: avaliar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes lúpicos transplantados (PLTx) e os desfechos relacionados à rejeição, sobrevida e óbito.

Material e Método

Material e Método: Estudo retrospectivo com avaliação dos prontuários dos pacientes transplantados renais da Equipe Nefrovita de TxR da Santa Casa de Goiânia e seleção dos PLTx (2000-2018).

Resultados

Foram analisados 410 prontuários de TxR, os PLTx representaram 1,71% (oito pacientes). Os PLTx eram 100% do sexo feminino, hemodiálise foi a terapia dialítica mais frequente (87,5%), taxa de transplante pré emptivo foi de 12,5%, 87,5% receberam rim de doador falecido, 75% receberam como esquema imunossupressor - prednisona, micofenolato mofetil ou sódico e tracolimo. A taxa de rejeição aguda foi de 12,5% e a função retardada do enxerto esteve presente em 50% dos casos. Dado o número limitado de PLTx foi calculada a estimativa de sobrevida, que para este grupo foi de 12,1 anos, utilizando a análise de Cox verificou-se que não houve interferência da idade em relação à sobrevida do grupo; a taxa de óbito foi de 12,5% (causa infecciosa).

Discussão e Conclusões

Quando se compara estes resultados com algumas séries de PLTx observa-se semelhança nas diferentes características analisadas. Conclusão: Apesar do número limitado de pacientes da série apresentada, pode observar-se que o TxR nestes pacientes foi uma modalidade terapêutica segura e ofereceu uma boa sobrevida.

Palavras Chave

Transplante renal, lúpus eritematoso sistêmico, rejeição, sobrevida.