Dados do Trabalho

Título

Transplante pancreátrico – experiência de 10 anos de transplante – a variação da técnica de implante do órgão e os nossos resultados!

Introdução

O transplante de pâncreas tem como objectivo não só melhorar a qualidade de vida, mas também prevenir as complicações da diabetes, melhorando assim a sobrevida dos doentes. O transplante simultâneo, reno-pancreático, compõe mais de 70% das modalidades de transplante.Pretendemos analisar as complicações associadas ao transplante de pâncreas, nomeadamente vasculares, hemorragia pós operatória, perda de enxerto e necessidade de re-transplante. Para além disso, pretendemos comparar esses resultados mediante a técnica de implante, “vertical” vs “transversal”.
Avaliamos ainda o funcionamento do enxerto pancreático mediante avaliação do controlo glicémico e péptido C.

Material e Método

Foram transplantados 100 pâncreas no período compreendido entre Dezembro de 2007 e Dezembro de 2018. Em 8 doentes o implante do enxerto foi realizado em posição “vertical”; nos restantes foi realizado o implante “transversal”.

Resultados

Dos 100 doentes transplantados neste período, 4% foram retransplantados e 6% faleceram. 15% dos doentes perderam o enxerto pancreático e destes 33% perderam igualmente o enxerto renal. Das complicações pós-operatórias: 4% arteriais (trombose da artéria esplénica), 13% venosas (trombose da veia esplénica), 12% hemorragia no pós-operatório, 6% pancreatite do enxerto, 2% fístula duodeno-jejunal, 3% rotação da anastomose duodeno-jejunal. 88% dos transplantados pancreáticos têm enxerto funcionante. A posição do enxerto parece ter influência nos resultados, nomeadamente nas complicações venosas e hemorrágica,contudo não é significativamente estatístico.

Discussão e Conclusões

A experiência no transplante pancreático tem a sua importância. Não só a técnica de implante, mas sobretudo experiência e o manejo pós-operatório contribuíram para uma diminuição da taxa de complicações ao longo do tempo.

Palavras Chave

pâncreas, transplante