Dados do Trabalho

Título

Broncoscopia de vigilância em paciente pós transplante pulmonar

Introdução

A broncoscopia de vigilância com lavado broncoalveolar (LBA) e biópsia transbrônquica é o método de escolha para diagnóstico precoce de rejeição aguda no primeiro ano pós transplante pulmonar. É realizada na segunda e sexta semana, terceiro, sexto, nono e décimo segundo mês pós transplante.
Alguns estudos, porém, demonstraram que a broncoscopia de vigilância não teve maior detecção de rejeição aguda ou maior sobrevida. Diante disso, nosso estudo avalia o real beneficio do procedimento e se houve mudança de conduta conforme seus resultados.

Material e Método

Análise retrospectiva com coleta de dados por prontuário eletrônico de 247 pacientes transplantados entre agosto de 2003 até fevereiro de 2018, resultados das biópsias transbronquicas na segunda e sexta semana, terceiro, sexto, nono e décimo segundo mês pós transplante.

Resultados

649 pacientes tiveram resultado na biópsia A0/Ax, destes, 628 mantivemos apenas observação, 17 realizaram pulsoterapia e em 4 aumentamos corticoide por curto período.
Houve rejeição aguda grau A1 em 328 pacientes, com conduta expectante em 266, pulsoterapia em 48 e aumento de corticoide em 6.
232 obitveram rejeição grau A2 na biópsia transbronquica, com observação em 31, pulsoterapia em 194 e aumento de corticoide em 3.
Dos que tiveram rejeição A3, 100% (15) receberam pulsoterapia.

Discussão e Conclusões

A broncoscopia de vigilância é indicada tanto pela Sociedade Internacional de transplante cardíaco e pulmonar quanto pelas Diretrizes brasileiras.
Aproximadamente 84% dos pacientes que tiverem rejeição leve (A2), receberam pulsoterapia.
Através de tal exame, conseguimos detectar rejeição aguda com diagnóstico diferencial de infecção através do LBA. Sua importância se deve principalmente na identificação precoce de rejeição aguda, principalmente naqueles assintomáticos.

Palavras Chave

broncoscopia
rejeição

Área

CORAÇÃO/PULMÃO