Dados do Trabalho

Título

BIÓSPIAS PROTOCOLARES DE TRANSPLANTES RENAIS COM ELEVADO RISCO IMUNOLÓGICO – ESTUDO PILOTO.

Introdução

O objetivo deste estudo é avaliar a incidência de agressões subclínicas, em especial as imunológicas, observadas em biopsias renais protocolares (BRP) realizadas em pacientes de elevado risco imunológico (ERI), submetidos a transplante renal (TXR).

Material e Método

Estudo prospectivo longitudinal incluindo pacientes transplantados renais com ERI definido por: (a)prova cruzada pré-transplante (PCPT) positiva por citometria de fluxo (CF) com linfócitos T e/ou B; (b)cPRA >50% em classe I(CI) e/ou classe II(CII); (c)presença, no soro pré-transplante, de anticorpos anti-HLA do doador (DSA), de CI e/ou CII com MFI superior a 1000 (d)ocorrência de rejeição aguda, celular ou humoral, em até 30 dias antes da BRP.

Resultados

Dos 18 pacientes elegíveis para o estudo, 11 foram biopsiados, dos quais todos foram receptores de TXR com doador falecido, 8 do sexo feminino (72,7%), média de idade 55±10 anos, 10 submetidos ao primeiro transplante, 8 (72,7%) apresentavam DSA, 7 (63,6%) cPRA > 50%, sendo 2 em CI e CII e 5 somente em CII. PCPT positiva por CF estava presente em 6 (54,5%) pacientes, sendo 5 apenas em linfócitos B e 1 em linfócitos T e B. O tempo médio transcorrido entre o transplante e a biópsia foi 78±12 dias e o número médio de glomérulos nas amostras foi 26±12. Nefrite por polioma vírus grau A, alterações borderline (Banff) e capilarite peritubular, sem depósito de C4d, ocorreu em um caso cada. Complicação com formação de fistula artério-venosa ocorreu em um paciente.

Discussão e Conclusões

Esses resultados preliminares apontam para uma freqüência significativa de alterações subclínicas em biópsias protocolares no terceiro mês pós-transplante em pacientes com ERI. A ampliação dessa amostra é necessária para um melhor entendimento do papel da BRP nesse cenário clínico.

Palavras Chave

transplante renal, biópsias protocolares