Dados do Trabalho

Título

Impacto das diretrizes do novo protocolo de morte encefálica no processo de doação de órgãos e transplantes

Introdução

O Diário Oficial da União publicou a Resolução CFM 2.173/17 que atualiza os critérios para definição da morte encefálica. A nova resolução destaca-se por facilitar o diagnóstico de ME dando maior segurança e mais operacionalidade, impactando deste modo diretamente no processo doação de órgãos.O objetivo desse trabalho é avaliar o impacto das alterações realizadas no novo protocolo no processo de doação de órgãos e transplantes

Material e Método

O estudo é descritivo transversal obtido através da revisão de prontuários médicos. Foram incluídos os doadores de órgãos entre janeiro e dezembro dos anos de 2017 e 2018 avaliados pela OPO da Santa Casa de São Paulo, com preenchimento completo dos dados

Resultados

Foram analisados 118 doadores em 2017 e 127 doadores em 2018, sendo que em 2017 houveram 134 doadores viáveis e em 2018 142 doadores viáveis. No 2017 houveram 384 notificações e em 2018 410 notificações.O número de órgãos disponibilizados em 2017 foi 280 e em 2018 foi de 281. O tempo desde a conclusão do protocolo até a entrega do corpo para a família, a média anual em 2017 foi de 30,91 horas. Em 2018, foi de 29,37 horas

Discussão e Conclusões

É observado que apesar do tempo ter estreitado e o número de doadores e notificações terem aumentado, é pouca expressiva a mudança em relação ao número de órgãos disponibilizados. O novo protocolo de morte encefálica, apesar de recente, sugere que o processo desde o diagnóstico da ME até a realização dos transplantes tende a ficar mais rápido e o numero de doadores tende a aumentar. Nesse contexto, são necessários mais estudos nessa área e implementação de um programa efetivo de manutenção do potencial doador, com foco nos cuidados específicos a cada órgão e mais campanhas de conscientização para população geral e para médicos desde a graduação.

Palavras Chave

Transplantes, doação, nova resolução ME