Dados do Trabalho

Título

Preservação morfológica hepática em coelhos após conservação estática em solução hipotérmica à base de água de coco em pó.

Introdução

Preservar o enxerto é crucial no manejo do transplante, sendo um dos fatores determinantes à evolução cirúrgica favorável. Dentre vários pontos críticos, os de maior relevância são a redução do tempo de isquemia fria e a diminuição da lesão de reperfusão. Por isso, as soluções de preservação têm grande importância. Buscar uma solução com qualidade e boa relação custo-benefício é vital. O uso de bioproduto à base de água de coco torna-se interessante pois tem sido demonstrado seu potencial na preservação de células e tecidos, além do baixo custo. Analisamos a preservação morfológica hepática em coelhos após conservação estática em solução hipotérmica à base de água de coco em pó (ACP).

Material e Método

Realizou-se perfusão hepática in situ de 10 coelhos, hepatectomia e manutenção do tecido nas soluções hipotérmicas SPS-1 e ACP por até 18 horas. A avaliação morfológica do grau de lesão isquêmica foi comparativa em tempos pré-determinados (T0- 0h, T6- 6h, T12- 12h e T18- 18h), realizada de forma cega, sendo determinada como ausente, leve, moderada e grave para cada tempo.

Resultados

À análise de cada tempo, ambas soluções apresentaram graus de lesão semelhantes. O aumento do escore global com a progressão no tempo de análise foi semelhante entre as soluções. Em nenhum tempo houve diferença estatisticamente significante entre os graus de lesão ao comparar as soluções, avaliados pelos testes Mann-Whitney e teste de Friedman (T0 – p 0,735; T6 – p 0,23; T12 – p 0,517; T18 - 0,11).

Discussão e Conclusões

À avaliação morfológica nos tempos determinados, a solução ACP foi equiparável à solução SPS-1 na preservação morfológica hepática durante o período de isquemia fria. A sugestão de um produto natural e de baixo custo é promissora e deve ser estudada mais profundamente.

Palavras Chave

Transplante hepático; Solução de Preservação; Água de coco.