Dados do Trabalho

Título

Sobrevida de Pacientes e Enxertos em Transplante Renal em um Hospital Público do Interior do Rio Grande do Sul

Introdução

A prevalência de pacientes com doença renal crônica-DRC em terapia renal substitutiva é de 800 a 1500 por milhão de população(pmp). O transplante renal oferece o mais elevado grau de reabilitação para os pacientes. Estudos de países desenvolvidos e do Registro Brasileiro de Transplantes mostram sobrevida em 1 e 5 anos em torno de 97% e 94% para pacientes e de 93% e 86% para enxertos com doador vivo; para doador cadáver os valores são de 92% e 86% para pacientes e de 85% e 72% para enxertos.

Material e Método

O Serviço de Nefrologia do HUSM é referência para transplante renal na região central do RS, com população total de 540.000 habitantes. Foi analisada a coorte dos pacientes transplantados renais no período 1988-2018 (N=325), calculando-se a sobrevida de pacientes e enxertos pelo método de Kaplan-Meier.

Resultados

A prevalência de pacientes com DRC em diálise em Santa Maria aumentou de 930 pmp em 2014 para 1037 pmp em 2018. O percentual de pacientes transplantados em relação aos pacientes em diálise era 33% em 2014 e 37% em 2018.
A idade dos pacientes transplantados foi de 43,4 + 14,2 anos, sendo 56% masculinos e 44% femininos. O transplante foi com doador vivo relacionado em 28% e com doador cadáver em 72% dos casos.
A sobrevida de pacientes para a coorte total foi de 95% em 1 ano e 88% em 5 anos e de enxertos de 91% em 1 ano e 73% em 5 anos.
A sobrevida de pacientes com doador vivo e doador cadáver foram de 99% e 94% em 1 ano e 96% e 84% em 5 anos, respectivamente. A sobrevida de enxertos com doador vivo e doador cadáver foram de 94% e 90% em 1 ano e 83% e 69% em 5 anos, respectivamente.

Discussão e Conclusões

As taxas de sobrevida de pacientes e enxertos são equivalentes às relatadas nos estudos publicados em países desenvolvidos e no Registro Brasileiro de Transplantes.

Palavras Chave

Transplante renal, Doença renal crônica