Dados do Trabalho

Título

COMPARATIVO DA TAXA DE AUTORIZAÇÃO FAMILIAR ENTRE DOADORES DE CORAÇÃO PARADO E DOADORES EM MORTE ENCEFÁLICA NO INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA EM FORTALEZA/CE.

Introdução

A Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante – CIHDOTT do Instituto Dr. José Frota – IJF, um hospital da cidade de Fortaleza, referência em grandes traumas no Estado do Ceará propôs analisar um comparativo da taxa de autorização familiar entre doadores com diagnóstico de Morte Encefálica – ME e em Parada Cardiorrespiratória – PCR, objetivando elucidar o impacto na forma com as famílias são afetadas e consequência na taxa de não autorização familiar.

Material e Método

Estudo exploratório de caráter quanti-qualitativo com o emprego de pesquisa documental da análise dos relatórios mensais produzidos pela CIHDOTT/IJF no ano de 2018

Resultados

Obteve-se que durante o ano de 2018 das 184 notificações de ME, foram entrevistadas 149 famílias, das quais 125 disseram o sim a doação (83,8%), sendo a recusa familiar correspondente a 16,2%. Em relação aos óbitos com PCR que totalizaram 890, tivemos 212 entrevistas realizadas, com a autorização de 144, que corresponde a ( 67,9%).

Discussão e Conclusões

Com uma diferença positiva de 15.9% de autorização familiar dos doadores em ME em relação aos doadores em PCR, contradizendo o fato de que as dúvidas com relação ao diagnóstico e morte encefálica é uma dificuldade para o consentimento familiar a doação.Desta forma, temos que a morte por PCR muitas vezes repentina não permite o início do processo do luto normal.Se a família nega a morte, nega também a doação de órgãos e tecidos para fins de transplantes. Todavia o estudo comprovou que na ME há um tempo maior para o acolhimento à dor da família enlutada e uma melhor elaboração do turbilhão de manifestações do luto que ocorre com a notícia da morte de um ente querido favorecendo o consentimento familiar.

Palavras Chave

Autorização Familiar
PCR
Morte Encefálica