Dados do Trabalho

Título

ADESÃO AO USO DE IMUNOSSUPRESSORES NO PÓS-TRANSPLANTE HEPÁTICO

Introdução

O seguimento correto da terapia imunossupressora no pós-transplante de fígado evita rejeição de enxerto. Objetivou-se verificar a adesão a imunossupressores e os métodos utilizados para facilitar a tomada de medicação no pós-transplante hepático.

Material e Método

Estudo descritivo, transversal, quantitativo, realizado no ambulatório de transplante hepático do Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza-CE, no período de 2017 a 2018, com amostra de 180 receptores de fígado, maiores de 18 anos, acompanhados entre 2002 a 2016, com no mínimo 3 meses de transplante. A coleta de dados utilizou instrumento semiestruturado, pasta-arquivos e prontuários. A análise de dados foi descritiva e inferencial, por meio do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética CAAE:78793317.7.0000.5054.

Resultados

Dos 180 receptores, 21,7% alguma vez já deixaram de tomar as medicações, sendo o motivo prevalente o esquecimento (74,1%) e 10,6% afirmaram já ter tomado a medicação incorretamente, sendo o motivo prevalente o esquecimento da forma correta de administração ou das doses e horários das medicações (91,4%). Quanto aos métodos para facilitar a tomada de medicações, 16,7% afirmaram não possuir método; enquanto 10% referiram utilizar porta medicamento para os imunossupressores, juntamente com lembretes e alarmes; 9,4% afirmaram utilizar apenas alarmes e lembretes em aparelhos eletrônicos.

Discussão e Conclusões

A não adesão ao tratamento medicamentoso reduz a qualidade de vida e aumenta a morbimortalidade, a utilização dos serviços de saúde e os custos hospitalares (LISSON et al., 2005; SIMPSON et al., 2006). A equipe multiprofissional deve implementar estratégias adequadas para melhorar a adesão ao imunossupressor.

Palavras Chave

Transplante de Fígado; Adesão à Medicação; Imunossupressores