Dados do Trabalho

Título

Efeitos psicológicos do transplante renal e manejos possíveis

Introdução

O transplante renal é permeado por uma de série de expectativas por parte do candidato, como a perspectiva de um tratamento significado como “cura”, a ideia de uma vivência distanciada das rotinas hospitalares e a possibilidade da rotina sem as restrições descobertas após o diagnóstico da doença renal crônica.

Material e Método

O objetivo deste estudo foi revisar a literatura acerca dos aspectos psicológicos do candidato e receptor de transplante renal, bem como relatar a vivência do psicólogo em uma Unidade de Transplante Renal de um hospital público do interior de São Paulo.

Resultados

Os resultados apontam que as expectativas atribuídas ao transplante renal se modificam após a vivência do mesmo. A realidade do processo de transplante impõe ao receptor uma série de limitações que implicam a necessidade da ressignificação das expectativas. Os desafios vivenciados se relacionam a razões clínicas, como infecções, as complicações ao longo do pós operatório, e a possível rejeição do enxerto e volta à hemodiálise. Além disso, outras repercussões nos âmbitos social e psicológico também são notadas. Observou-se a modificação nos laços familiares, sentimentos de tristeza, ansiedade e solidão durante a internação prolongada; o medo frente aos procedimentos invasivos; o temor diante da incerteza do funcionamento do órgão.

Discussão e Conclusões

O paciente que vivencia o transplante experimenta quebras em suas expectativas iniciais. Faz-se necessário um ajustamento das mesmas com a compreensão do processo pós transplante. Ressalta-se a importância da equipe no momento pré-transplante, visando alinhar as expectativas pelo procedimento e contribuindo para uma vivência mais integrada do transplante renal.

Palavras Chave

transplante renal; psicologia; psicoeducação