Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DO EFEITO DA TALIDOMIDA NO MODELO EXPERIMENTAL DE MORTE ENCEFÁLICA

Introdução

Atualmente, o transplante (Tx) de fígado é reconhecido como importante alternativa terapêutica em casos de hepatopatias em estágio terminal. No entanto, os avanços nesse tratamento esbarram em uma série de dificuldades, especialmente no impacto imunopatológico da morte encefálica (ME) nos fígados disponíveis para Tx. Tal condição, ocorre de forma progressiva, levando a falência progressiva do fígado transplantado. Nesse contexto, a Talidomida (Talid) poderia representar uma estratégia de tratamento, devido seus potentes efeitos imunomodulatórios.

Material e Método

Foram utilizados 24 ratos machos Lewis, distribuídos em 3 grupos (n=8/grupo): Sham (animais submetidos inserção do cateter de Fogarty sem aumento da PIC (pressão intracraniana)); ME (animais submetidos a ME por meio do aumento da PIC); ME+TALID (animais submetidos a ME e tratados por Talid (200 mg/kg/gavagem)). Os animais foram acompanhados por um período de 6 horas após a indução da ME, sendo feita análises do tecido hepático por imuno-histoquímica (macrófagos M1), qPCR e MULTIPLEX para citocinas (TNF-α e IL-1β), além de bioquímica sérica para TGO e TGP.

Resultados

Os animais do grupo Sham não apresentaram sinais de inflamação mantendo íntegro o tecido hepático e níveis séricos normais de TGO e TGP. Por outro lado, os animais do grupo ME desenvolveram alterações no fígado, caracterizadas pelo aumento de TGO e TGP. Além disso, apresentaram intenso infiltrado de macrófagos e da expressão gênica de TNF-alfa e IL-1 beta. A Talid exerceu efeito hepatoprotetor atenuando significativamente o aumento das enzimas hepáticas, o inflitrado de M1, além da expressão de TNF-alfa e IL-1 beta.

Discussão e Conclusões

A Talid protegeu o fígado no modelo experimental de ME, devido suas propriedades anti-inflamatórias e imunomodulatórias.

Palavras Chave

Morte encefálica, Talidomida, inflamação,