Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DE TRANSPLANTE DE PELE ALÓGENA ENTRE OS ANOS DE 2012 E 2018 NO BRASIL.

Introdução

Para tratar pacientes vítimas de extensas queimaduras graves e politraumatizados no Brasil, o transplante de pele alógena é opção terapêutica como curativo biológico. Apesar dos avanços, poucos os centros que oferecem a opção. Para a doação são necessárias condições rigorosas de assepsia e a retirada do tecido ocorre nas mesmas condições de órgãos como rim, fígado e outros.

Material e Método

Este estudo consistiu na análise descritiva de dados do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), veículo oficial da ABTO. Analisou-se dados referentes ao número anual e por Estado, relacionados ao transplante de pele no Brasil entre 2012 e 2018.

Resultados

No Brasil, de 2012 a 2018 houve 253 transplantes de pele somados nos estados de MT, MG, RJ, RS, RO, SC, PE, PR, MA e SP. RS lidera os números de procedimentos realizados em 2012 e 2017. Observa-se que após 2012, no qual se registrou 30 cirurgias, houve queda no número, com 7 a menos. Em 2014 e 2015, volta-se a crescer porém permanecendo abaixo de 2012, com um acréscimo de 5 procedimento em relação a 2013. Em 2016, cresceu para 49 cirurgias porém houve queda para 33 em 2017, sendo RS com 13, MG com 7, RJ com 4, 3 em RO, 2 no MT e SP, e 1 no MA e PR. Em 2018 houve o maior registro, com destaque para RJ com 27 transplantes, seguido de RS com 17, SP com 9, RO e SC com 3, 2 em MG e 1 em MT.

Discussão e Conclusões

De 2012 a 2018, nota-se poucos transplantes de pele comparados aos de órgãos sólidos, devido ao número de centros capacitados e bancos de pele para captação de enxertos alógenos e sua manutenção. Contudo, esse manejo terapêutico pode colaborar com pacientes com extensa área de superfície corporal comprometida por queimaduras ou traumas, como as vítimas do incêndio em uma creche localizada em Janaúba (MG) que receberão enxertos do banco de pele do RS.

Palavras Chave

Transplante, pele, curativo