Dados do Trabalho

Título

POSICIONAMENTO DOS UNIVERSITÁRIOS FRENTE À DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E SEUS CONHECIMENTOS ACERCA DO TEMA

Introdução

Após a confirmação de morte encefálica, a família se torna responsável pela decisão acerca da doação de órgãos. Porém, o desconhecimento do desejo do falecido ou do conceito de morte encefálica são alguns dos motivos de recusas familiares, que correspondem a mais de 40% das entrevistas/ano. O estudo objetiva avaliar o posicionamento e o conhecimento dos universitários acerca da doação de órgãos.

Material e Método

Estudo exploratório transversal, de caráter quantitativo, com coleta de dados por meio de um questionário online aplicado entre dezembro de 2018 e março de 2019. A amostra constituiu-se de 381 estudantes de uma universidade pública do Distrito Federal, recrutados de forma aleatória, mediante difusão do instrumento em comunidades virtuais da instituição. Os resultados foram agrupados, comparados e transformados em percentuais.

Resultados

243 (63,7%) estudantes conhecem totalmente o conceito de morte encefálica, 89 (23,3%) conhecem parcialmente e 49 (12,8%) desconhecem. Dentre os indivíduos do primeiro grupo, 211 (86,8%) são favoráveis a doação de órgãos em todos os casos; do segundo grupo, 76 (85,3%); e do terceiro, 40 (81,6%). 66,9% dos estudantes sabem que a decisão acerca da doação de órgãos é familiar, 24,6% crêem na validade de um documento elaborado em vida expressando a vontade do indivíduo, 0,5% pensam ser responsabilidade do médico e 7,8% alegam desconhecimento. Dos que sabem que a decisão é familiar, 61,9% discutiu sobre o tema com a família; dos que acreditam na validade do documento, 57,4%; dos que pensam ser responsabilidade do médico, 50%; e dos que desconhecem, 36,6%.

Discussão e Conclusões

O grau de conhecimento sobre o tema interfere na probabilidade de doação, pois indivíduos informados tendem a discutir previamente sobre o assunto com seus familiares.

Palavras Chave

Transplante de órgãos;Educação em saúde