Dados do Trabalho

Título

Cateter de diálise transhepático como acesso vascular de último recurso: relato de caso

Introdução

O aumento da sobrevida dos pacientes em hemodiálise eventualmente esgota a possibilidade de manter os acessos vasculares funcionando adequadamente.

Material e Método

Paciente, 27 anos, com nefrite lúpica.

Resultados

Como acesso definitivo para hemodiálise (HD) foi realizado, sem sucesso, FAV (fistula arterio-venosa) braquiobraquial esquerda e direita e FAV braquiojugular interna direita com prótese. Foi realizada venografia que evidenciou trombose de veia cava superior e fluxo venoso inverso em veia ázigos com drenagem para veia frênica e então para seio venoso, com impossibilidade de acesso venoso central superior. Realizada também angiotomografia que mostrou veia femoral e ilíaca esquerda sem trombose, porém com presença de trombo em veia cava inferior comprometendo 50% de sua luz. Veia jugular interna esquerda e femoral direita com trombose. Foi implantado cateter de diálise transhepático e a paciente foi priorizada para transplante. Realizou transplante renal (doador falecido; painel 80%, mismatch A1B2DR2; TIF 26h). Evoluiu com microangiopatia trombótica. Apresentou rejeição celular aguda, piora da função renal associada à infecção/coleção perienxerto e foi feita nefrectomia. Paciente mantém o tratamento em HD por meio do cateter transhepático.

Discussão e Conclusões

O cateter transhepático é uma opção de acesso vascular para diálise, pode ser posicionado tanto em veia cava inferior como em átrio direito e depende de médicos qualificados para o implante. Este é um último recurso a ser utilizado em pacientes priorizados para transplante renal. Apesar deste acesso vascular manter a vida do paciente, a realização do transplante renal em tal situação é complexa. Pacientes nesta situação são desafiadores tanto para nefrologistas que atuam em diálise quanto em transplante.

Palavras Chave

Cateter venoso transhepático, transplante renal.

Área

RIM - Complicações