Dados do Trabalho

Título

INCOMPLETUDE DOS REGISTROS NO PRONTUÁRIO PARA ENTREVISTA FAMILIAR PARA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS

Introdução

Os registros nos prontuários dos pacientes representam respaldo ético-legal ao profissional e instituição de saúde devendo ser preenchido adequadamente. Objetivou-se descrever a incompletude das informações dos formulários de entrevista familiar para doação de órgãos de um hospital.

Material e Método

Trata-se de um recorte de um estudo transversal realizado em um hospital de ensino no Rio Grande do Sul. A amostra foi obtida a partir de 472 prontuários de potenciais doadores em que a família negou a doação. Utilizou-se instrumento de coleta pré-codificado, com variáveis sociodemográficas e clínicas do potencial doador e família. Para construção do banco de dados usou-se o programa Epi.Data 3.1 e para análise estatística descritiva o STATA 11.1. Obteve-se aprovação de um Comitê de Ética (1.400.699).

Resultados

Nas variáveis clínicas, 0,42% não informavam o tipo de morte, das variáveis sociodemográficas do potencial doador 0,85% não tinham informação sobre sexo, 1,69% referente a idade, 55,08% ao estado civil e 18,22% ao município de origem. Quanto as variáveis dos familiares, 5,94% não constavam grau de parentesco, 1,48% sexo, 18,22% o município que pertenciam. Referindo-se ao tipo de doação 0,42% não tinham essa informação e 9,75% dos prontuários não estavam assinados pelo profissional que realizou a entrevista.

Discussão e Conclusões

É por meio da entrevista familiar que a doação de órgãos será ou não autorizada. Dessa forma, é imprescindível que cada informação seja documentada, o que respaldará o profissional de saúde sobre seu trabalho realizado e transparência do processo. Além disso, os registros por representarem a decisão familiar de doar ou não, devidamente preenchidos, fortalecerão o processo com vistas a qualificação e desmistificação de ideias equivocadas.

Palavras Chave

Obtenção de tecidos e órgãos; Registros médicos