Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DE PROTOCOLOS DE MORTE ENCEFÁLICA ANTES E APÓS RESOLUÇÃO CFM N° 2.173/17

Introdução

O Conselho Federal de Medicina, com a Resolução nº 2.173/17, atualizou os critérios de definição de morte encefálica (ME), para que possa ser diagnostica por mais especialidades médicas, e também reduziu o intervalo entre as avaliações clínicas. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar o tempo entre as avaliações clínicas, participação de neurologistas e clínicos neste processo, além do tempo de conclusão do protocolo de ME.

Material e Método

Estudo descritivo e retrospectivo com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por doadores efetivos de rins do estado do Ceará e que tiveram órgãos transplantados em um Hospital Universitário na cidade de Fortaleza-CE, nos anos de 2017 e 2018. A Coleta de dados foi realizada a partir dos prontuários dos receptores e informações dos doadores obtidas na Central de Transplantes.

Resultados

Foram incluídos no estudo 54 protocolos de ME do ano de 2017 e 52 de 2018. Em 2017, o intervalo entre as avaliações clínicas foi de 11 horas e 26 minutos, destas 44,4% foram realizadas por neurologista/neurocirurgião e em 2018 o intervalo foi reduzido para 3 horas e 56 minutos e o neurologista/neurocirurgião teve participação de 11,5%, assim evidenciando uma redução de tempo entre as avaliações clínicas e também a maior agilidade na conclusão do protocolo de ME de 12 horas e 39 minutos (2017) para 9 horas e 21 minutos (2018).

Discussão e Conclusões

Além do baixo número de notificações de ME, a realização tardia do diagnóstico dificulta o processo, muitas vezes inviabilizando o aproveitamento de um maior número de órgãos ou até mesmo da doação (GARCIA, 2013). Portanto a Resolução CFM nº 2.173/17, possivelmente contribuirá para otimizar os protocolos de ME, auxiliando para evitar a perda de doadores e uma maior oferta de órgãos para transplante.

Palavras Chave

Morte Encefálica; Transplante de Órgãos;

Área

ÉTICA, ENFERMAGEM, COORDENAÇÃO - Notificação