Dados do Trabalho

Título

A NEGATIVA DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E OS MOTIVOS POR TRÁS DESSA DECISÃO: UM ESTUDO ENTRE ESTUDANTES DO CURSO DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE DO SUL DO BRASIL

Introdução

A grande fila de espera para transplantes de órgãos e tecidos aumenta a importância tanto da realização de campanhas para elevar o índice de doadores quanto da formação adequada dos estudantes de medicina para que estejam capacitados em relação aos protocolos de doação1,2. Este estudo tem como objetivo analisar a intenção dos estudantes de medicina em se tornarem doadores de órgãos e tecidos.

Material e Método

Estudo observacional analítico transversal com os estudantes do Curso de Medicina da ULBRA.

Resultados

Amostra composta por 528 alunos. Dentre eles, 449 estudantes tinham intenção de doar órgãos, porém 74 não tinham, não haviam decidido ou não haviam pensado a respeito. As respostas obtidas por estes 74 estudantes quando questionados sobre o motivo da não-doação foram: “não pensei sobre”, “Medos de: ainda estar vivo após o diagnóstico de ME, do tráfico de órgãos ou de ficar irreconhecível.”, “Informações insuficientes” e “Religião”. Sobre o que mais ajudaria a tornarem-se doadores de órgãos, 32 não haviam pensado sobre, 13 responderam “médicos mais bem preparados para lidar com o assunto”; 15, “mais aulas e palestras que elucidem o assunto” e 12, “maior confiança no protocolo de morte encefálica”. Já sobre a doação voluntária de medula óssea, 456 estudantes informaram não serem cadastrados no programa nacional, justificando suas respostas com medo, falta de tempo e desconhecimento prévio.

Discussão e Conclusões

O grande número de estudantes que respondeu ter intenção de doar órgãos corrobora os achados de estudos prévios.3,4 É essencial que os profissionais da saúde engajem-se em campanhas de doação de órgãos, desmistificando preconceitos, disseminando conhecimentos e propondo mais debates sobre o assunto para a formação acadêmica dos médicos.

Palavras Chave

'doação de órgãos' , 'estudantes de Medicina'.