Dados do Trabalho

Título

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DO ACADÊMICO DE MEDICINA SOBRE O DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA

Introdução

A morte encefálica (ME) é conceituada como a perda irreversível das funções encefálicas, definida pela cessação das atividades corticais e de tronco encefálico1. A falta de confiança e de conhecimento médico influencia negativamente na decisão sobre a doação de órgãos. O objetivo deste estudo é analisar o conhecimento de estudantes de Medicina acerca da definição e do protocolo de ME.

Material e Método

Estudo observacional analítico transversal com estudantes do Curso de Medicina da ULBRA.

Resultados

Amostra composta por 525 alunos, sendo 45,7% do 1° ao 4° semestre (grupo A), 38,1% do 5° ao 8° semestre (grupo B) e 16,2% do 9° ao 12° semestre (grupo C). Em relação à definição correta de ME, os estudantes do grupo A acertaram 84,6%, os do grupo B, 73,9% e os do grupo C, 70,6% (p=0,004). Questionou-se a existência de diferença entre ME e pontuação 3 da Escore de Coma de Glasgow, 50,4% estudantes do grupo A responderam corretamente frente a 64% do grupo B e a 77,9% do grupo C (p<0,001). Apenas 40 estudantes do total de respondentes referiram sentirem-se seguros para realizar o diagnóstico clínico de ME. Por outro lado, desses 40 estudantes, 40% afirmaram que nunca haviam participado de nenhum protocolo de ME. Ademais, quando questionados sobre embasamento teórico proporcionado pela Universidade sobre doação de órgãos e tecidos, 100 estudantes consideram que a universidade proporciona embasamento suficiente, 283 discordam e 145 não têm opinião formada sobre o assunto.

Discussão e Conclusões

Estudantes de medicina ainda não têm pleno conhecimento do diagnóstico e dos protocolos de ME2, o que corrobora achados de outros estudos. Percebe-se, pois, a necessidade da ampliação dos conhecimentos sobre ME e seus protocolos entre os acadêmicos de medicina.

Palavras Chave

'morte encefálica', 'estudantes de medicina'.