Dados do Trabalho

Título

DIABETES MELLITUS PÓS TRANSPLANTE RENAL E SUAS IMPLICAÇÕES CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICAS

Introdução

O transplante renal (TR) é considerado a melhor forma de terapia renal substitutiva para portadores de doença renal crônica (DRC). O desenvolvimento de Diabetes melittus pós transplante renal (DMPT) é uma complicação comum no contexto do TR. Desta forma, o conhecimento dos diferentes fatores de risco e adequado manejo dos mesmos podem ajudar a prevenir o surgimento de tal condição. O objetivo do estudo foi avaliar os dados clínicos e epidemiológicos relacionados ao desenvolvimento de DMPT nos pacientes submetidos a transplante renal entre os anos de 2007 a 2014, pela Equipe Nefrovita da Santa Casa de Goiânia (SCG).

Material e Método

Estudo observacional e retrospectivo. Foram avaliados 184 prontuários de pacientes transplantados renais, para a análise dos possíveis fatores preditores ao desenvolvimento de DMPT. Foi utilizado o teste de Regressão Logística, com uma análise univariada (p<0,20) e multivariada (p<0,05) para definição de associação entre fator de risco e desenvolvimento de DMPT.

Resultados

Dos 137 pacientes elegíveis da amostra, 55,47% eram homens , 19,7 % deles apresentaram DMPT, predominando a faixa etária dos 46 aos 65 anos e com tempo de diagnóstico nos primeiros três meses pós transplante. A presença de 4 incompatibilidades (MM) no complexo maior de histocompatibilidade (HLA) e outras causas de doença de base (que não nefroesclerose hipertensiva, glomerulonefrites, indeterminada, doença policística autossômica dominante) apresentaram significância estatística (p<0,05).

Discussão e Conclusões

Os resultados demonstram que a presença de 4MM no HLA e outras causas de doença de base, foram fatores de risco para o desenvolvimento de DMPT. O limitado tamanho da amostra pode explicar a não concordância dos resultados com outras séries da literatura.

Palavras Chave

transplante renal, doença renal crônica, diabetes mellitus.