Dados do Trabalho

Título

Elastografia hepática na rejeição celular aguda nos pós transplante de fígado

Introdução

Elastografia hepática é método não invasivo para avaliar fibrose, cirrose e esteatose. Poucos estudos sobre elastografia na rejeição celular aguda (RCA). RCA é uma complicação pós transplante, cujo diagnóstico é pela biópsia, exame invasivo, sujeito a complicações. Portanto, este trabalho tem finalidade avaliar a elastografia na RCA.

Material e Método

Estudo prospectivo e comparativo entre pacientes transplantados, no período de janeiro de 2017 a março de 2019. Realizado grupo comparação com e sem rejeição celular através da biópsia hepática. Todos os testes realizados levaram em consideração um α bidirecional de 0,05 e intervalo de confiança (IC) de 95% e foram realizados com apoio computacional dos softwares IBM SPSS 25.

Resultados

40 pacientes, sendo 25 (62,5%) casos com RCA e 15 (37,5%) casos sem RCA. Rejeição aguda precoce (20% - n=5): leve (12,5% -n=1), 6 (75%) moderada e 1(12,5%) caso grave; Rejeição aguda tardia com 19 casos (76%): sendo 12 (75%) casos leve a moderada e 4 (25%) casos graves; rejeição crônica com 3 (12%) casos. A média da elastografia com RCA foi de 12,5 kPa (±8,2) e sem RCA foi de 8,9 kPa (±3,7), p=0,05. A média do ARFI sem RCA foi de 1,6 m/s (±0,2) e com RCA foi de 1,9 m/s (±0,6), p >0,05. Avaliação comparativa apresentou resultados significativos em relação bilirrubina total (p=0,03), bilirrubina direta (p=0,015), AST (0,001), ALT (0,001), GGT (p=0,026) e elastografia hepática (p=0,05).

Discussão e Conclusões

A elastografia hepática mostrou-se uma boa ferramenta para o manejo e avaliação da RCA. De acordo com os resultados apresentados, há correlação estatística significativa entre a rejeição celular aguda e o valor da rigidez hepática avaliada pela elastografia hepática.

Palavras Chave

Transplante de fígado
Elastografia hepática
Rejeição aguda