Dados do Trabalho

Título

Georreferenciamento dos Transplantes Hepáticos no Estado de São Paulo: Análise histórica de 20 anos

Introdução

A logística envolvida no processo de transplante hepático, desde o deslocamento da equipe para a captação do órgão até a chegada do mesmo no centro transplantador, deve ser planejada de forma eficaz, favorecendo preceitos de menor distância e tempo. Tais características visam a redução de custos e tempo neste processo, sendo o último diretamente relacionado a uma maior sobrevida do enxerto. Objetivo: Identificar e quantificar o deslocamento médio dos enxertos hepáticos no Estado de São Paulo.

Material e Método

É um estudo quantitativo, retrospectivo, transversal sobre a atividade de captação dos enxertos hepáticos e o deslocamento destes até o hospital de transplante, nos últimos 20 anos de atividade do Sistema Estadual de Transplantes. Os dados foram coletados do Sistema Informatizado de Gerenciamento do Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo.

Resultados

Identificou-se 17441 transplantes hepáticos notificados na base de dados no período proposto, sendo incluídos para análise de percurso 2820 eventos. Nos transplantes considerados obteve-se uma distância média percorrida perto de 102 Km, usando a fórmula de Haversine. Já a distância máxima percorrida pelo enxerto hepático registrado foi de 578 Km entre duas instituições e a distância mínima foi zero, quando o transplante foi realizado no hospital notificante. Para análise de tempo (válido apenas entre 2008 e 2017), foram incluídos 2261 eventos, com tempo médio de percurso de 7h51’, com desvio padrão de 1h55’, mínimo de 1h15’e máximo de 12h50’.

Discussão e Conclusões

Com base na análise dos dados apresentados ressalta-se a grande variabilidade de distâncias e tempo na distribuição de órgãos, sugerindo que estudos futuros possam propor melhor estratégia na logística de distribuição de órgãos para melhora da eficácia do processo.

Palavras Chave

Transplante Hepático, Tempo, Eficácia