Dados do Trabalho

Título

CONTAMINAÇÃO DO LIQUIDO DE PERFUSÃO RENAL

Introdução

A infecção no pós-operatório de transplante renal pode ser relacionada ao doador ou associada a aspectos cirúrgicos. A contaminação do liquido de perfusão pode ser uma possível fonte de infecção. A contaminação do líquido pode acontecer durante as várias etapas do processo doação-transplante.

Material e Método

Análise retrospectiva das culturas de líquido de perfusão renal dos transplantes renais, com doador falecido, realizados em Hospital Universitário no período de janeiro a dezembro de 2018. Foram analisadas as características do doador: idade, sexo, causa do coma, tempo de UTI, tempo de intubação orotraqueal (IOT), uso de drogas vasoativas , presença de infecção, uso de antibióticos e contagem de leucócitos.

Resultados

Foram realizados 143 transplantes renais, sendo a cultura positiva em 40 amostras (27,9%). Os germes encontrados foram: 55% bactérias Gram Positivas, 32,5% Gram Negativas, 5% Fungos. Avaliando perfil dos doadores com líquido de perfusão positivo encontramos idade média 42 anos, 62,5% sexo masculino, causa do coma 70% AVCs, 27,5% TCE; com a média de internação na UTI de 05 dias, IOT de 5 dias, uso de drogas vasoativas em 95% dos casos ( 47,5% faziam uso de Noradrenalina, 40% associação de Vasopressina e Noradrenalina); infecção foi relatada em 25% dos casos, porém 52,5% estavam em uso de antibiótico; tempo de isquemia fria em média 26h e 20m; leucócitos em média 19.350.

Discussão e Conclusões

A contaminação do liquido de perfusão foi encontrada em grande parte das amostras, sendo a maioria por bactérias gram positivas. A infecção ativa no doador não foi comum, assim a fonte de contaminação do liquido pode estar relacionada a outras etapas do processo de extração e armazenamento dos rins.

Palavras Chave

Infecção ; Doador ; Líquido de Perfusão