Dados do Trabalho

Título

Negativa familiar para doação de órgãos no Estado do Rio Grande do Sul 2015-2018

Introdução

Altas taxas de negativa familiar têm sido um entrave no processo de doação de órgãos no Brasil, correspondendo no Rio Grande do Sul a 48% das não-efetivações de doação de órgãos 2015 a 2016 e 46% em 2017-2018.

Material e Método

Estudo descritivo das negativas familiares de doação de órgãos no Rio Grande do Sul de 2015 a 2018.

Resultados

As notificações de potenciais doadores à CET/RS totalizaram 1347 em 2015-2016 e 1471 em 2017-2018, com 72% (975/1347) e 68% (1000/1471) das notificações resultando em entrevista familiar. As taxas de negativa familiar foram 40% (393/975) e 43% (430/1000) respectivamente.
As justificativas expressas pelos familiares dos potenciais doadores e informadas à Central Estadual de Transplantes foram as seguintes nos últimos 4 anos: potencial doador não desejava ser doador de órgãos (41%), familiar contrário à doação (22%), tempo de espera previsto para entrega do corpo (13%), violação da integridade do corpo (9%), desconhecimento da vontade do potencial doador (6%), questões religiosas (4%) e outros motivos (5%).

Discussão e Conclusões

As taxas de negativa familiar tem sido altas no período. Houve discreta diminuição na proporção de notificações que resultou em entrevista familiar. A maioria (70%) das negativas estão relacionadas à percepção da família sobre a doação de órgãos e sua disponibilidade em doar, sugerindo que a qualificação do acolhimento hospitalar e da entrevista familiar, juntamente com a sensibilização da comunidade são fundamentais para promover o aceite familiar à doação de órgãos no Rio Grande do Sul.

Palavras Chave

negativa familiar; doação órgãos; transplante; família; entrevista familiar;

Área

ÉTICA, ENFERMAGEM, COORDENAÇÃO - Estatísticas locais