Dados do Trabalho

Título

Tratamento Percutâneo da Fístula Biliar Complexa de alto débito pós Transplante Hepático: serie de 05 casos.

Introdução

Fístula biliar (FB) ocorre em de 5-10% pós transplante hepático. Pode determinar coleperitônio, sepsis e morte. Esse trabalho tem o intuito de relatar uma série de cinco pacientes com fístula biliar de alto débito pós transplante hepático, tratados com derivação percutânea.

Material e Método

Desde 1999, nosso grupo realizou 1.362 transplantes hepáticos; entre 2010 e abril de 2019, identificamos 05 pacientes com FB, sendo 04 adultos e um menino de 10 meses de vida. Havia 2 anastomoses bilio-digestivas e 3 colédoco-coledocianas. Em todos os casos, realizou-se a drenagem percutânea interna-externa. Havia 2 pacientes adultos com re-transplante hepático, e uma reoperação pra tratar a FB na criança que recebeu um fígado reduzido. Todos os pacientes tinham artéria hepática pérvia; a criança apresentou estenose crítica da veia porta concomitante à FB, e foi tratada com angioplastia e stent.

Resultados

A FB fechou completamente em todos os pacientes. Não houve recorrência da fístula biliar, nem complicações relacionadas ao procedimento. A criança e 3 adultos permanecem vivos (F/U variando de 1 a 9 anos); a paciente adulta faleceu 18 meses depois de recorrência do CHC. Todos os sobreviventes permanecem anictéricos, e com colangio-RM sem dilatação biliar.

Discussão e Conclusões

Em nosso serviço, complicações biliares pós transplante acontece em cerca de 8%, a maioria estenose; habitualmente é tratada por cirurgia, ou intervenção endoscópica e/ ou percutânea. Diante da limitação do tratamento endoscópico e alta morbidade da reoperação, a intervenção percutânea está indicada, embora tenha o desafio de abordar uma via biliar não dilatada. A intervenção percutânea mostrou-se eficaz e de baixa morbidade em nossa série, para o tratamento da fístula biliar complexa em pacientes transplantados.

Palavras Chave

transplante, complicações, via biliar, drenagem