Dados do Trabalho

Título

Rim em Ferradura no Transplante Renal

Introdução

Atualmente,o baixo número de doadores face ao aumento do número de pacientes aguardando Transplante Renal,tem levado cada vez mais ao uso de doadores com critério expandido.Além disso,rins com anomalias congênitas têm sido considerados para o transplante,porém raramente são usados.Sendo assim,malformações com função renal normal,como o rim em ferradura,podem servir como fonte doadora ainda que a dificuldade técnica do transplante seja aumentada.

Material e Método

O rim em ferradura consiste na fusão parenquimatosa dos rins através de seus polos inferiores,apresentando incidência de 1:600 adultos.O primeiro transplante renal publicado utilizando um Rim em ferradura foi em 1975 por Nelson e Palmer.Há 2 técnicas cirúrgicas quando se usa o rim em ferradura como enxerto:implante em bloco ou split renal para implantar em 1 ou 2 receptores dependendo da anatomia.Anormalidades vasculares estão frequentemente associadas a este tipo de rins,sendo que 66% têm 3-5 artérias,motivo pelo qual muitos cirurgiões optam por transplantar em bloco.

Resultados

No nosso centro tivemos 2 casos de doadores com rim em ferradura,que após serem divididos beneficiaram 4 receptores.Os 4 implantes foram bem sucedidos e os pacientes mantém o acompanhamento ambulatorial há cerca de 2 anos num caso e 1 ano no outro.

Discussão e Conclusões

A experiência de Transplante Renal com rim em ferradura permanece limitada (tanto para captar como no implante),dada a raridade de doadores portadores desta malformação.A decisão de implantar em bloco ou dividindo os rins deve ser baseada na anatomia da vascularização renal e do sistema coletor,do grau de fusão e da experiência do cirurgião.É possível inferir,baseado na experiência do centro e da literatura,que se trata de uma forma segura de transplante permitindo ampliar a oferta de órgãos.

Palavras Chave

Rim Ferradura;Transplante Renal