Dados do Trabalho
Título
Evolução do comportamento de aderência aos medicamentos imunossupressores em transplantados renais
Introdução
A não aderência (NAd) ao tratamento imunossupressor influi negativamente na sobrevida do enxerto renal. Estudos longitudinais que descrevam a evolução deste comportamento ao longo do tempo em um sistema de cobertura universal como o brasileiro, podem ajudar a identificar oportunidades de intervenção. Este estudo pretende descrever o perfil de transplantados renais aderentes (Ad) e não aderentes (Nad) em relação aos imunossupressores e a evolução desse comportamento prospectivamente.
Material e Método
Todos os transplantados renais que compareceram para atendimento de janeiro de 2017 a dezembro de 2018 em nosso centro foram avaliados quanto à aderência a imunossupressores. Utilizamos o instrumento BAASIS (auto relato) em todas as visitas. Qualquer desvio em pelo menos um dos itens de implementação (esquecimento de tomada, atraso de 2h, esquecimento de doses consecutivas e redução da dose) foi classificado como NAd. Para uma avaliação longitudinal do comportamento consideramos apenas aqueles que foram entrevistados pelo menos 5 vezes
Resultados
De 586 entrevistados, 259 tiveram 5 entrevistas. A idade média foi 49,9 anos. Divididos pelo grau de instrução - analfabeto 6/259=2,3%, fundamental 129/259=49,8%, fundamental incompleto 15/259=5,8%, ensino médio 88/259=34% e superior 21/259=8,1%. Evolução do comportamento, primeira entrevista: Ad:202/259=78% e Nad:57/259=22%, quinta entrevista: Ad:220/259=84,9%Nad:39/259=15,1%.
Discussão e Conclusões
A prevalência de Nad parece reduzir quando são abordados sistematicamente. Não identificamos influência do grau de instrução, mas 87% tinham pelo menos ensino fundamental completo.
Palavras Chave
Não aderência
Área
ÉTICA, ENFERMAGEM, COORDENAÇÃO - Estatísticas locais
Instituições
Santa Casa de Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil
Autores
Pedro Augusto Macedo Souza, Gabriella Pires Tarcia, Jamaiane Fernandes Vaz, Kethlin Maia Mariano