Dados do Trabalho

Título

Sentimentos de pacientes renais crônicos que não aceitam o Transplante Renal

Introdução

O transplante renal é apontado como a melhor modalidade terapêutica para a Doença Renal Crônica, pois oferece uma melhor qualidade de vida e maior autonomia aos pacientes submetidos ao tratamento. Mesmo sendo uma terapia reconhecida pela sua efetividade, o tratamento pode trazer incertezas quanto a efetividade e duração sendo motivo de recusa por muitos indivíduos. O objetivo do estudo é conhecer os motivos que levam os pacientes com doença renal crônica a recusarem o transplante renal.

Material e Método

estudo descritivo exploratório, de abordagem qualitativa, realizado com 22 pacientes submetidos a hemodiálise em um Centro de Tratamento de Doenças Renais na Bahia, que, por escolha, não estavam inscritos na lista de transplantes. Utilizou-se uma entrevista semiestruturada, sendo transcrita e submetida à análise de conteúdo proposta por Bardin.

Resultados

Os participantes mostraram receio em desejar um transplante seja ele inter-vivo ou através de um doador falecido. Os mesmos expressaram um sentimento de culpa por imaginar o doador vivo passando por um procedimento invasivo ou correndo o risco de adoecer e inclusive falecer. Para eles, receber o rim de alguém vivo, seria um favor que não teria como retribuir e esse doador não merece passar por esse processo “sofrido e doloroso”. Assim como, no transplante de um doador falecido, entendem que aceitar entrar na lista de espera seria uma forma de desejar a morte de alguém.

Discussão e Conclusões

O conflito entre querer uma melhor qualidade de vida em detrimento ao comprometimento da vida de outra pessoa é um fator o qual favorece a não entrada dos pacientes na lista de espera por um rim. É importante que estes pacientes sejam esclarecidos e acolhidos para que o processo do transplante ocorra de forma natural, sem maiores conflitos.

Palavras Chave

Transplante, Falência renal crônica, Emoções