Dados do Trabalho

Título

Transplante renal pediátrico: experiência de 5 anos de centro transplantador no Brasil

Introdução

O transplante renal é a modalidade preferida para o manejo da insuficiência renal crônica em pediatria. Este estudo se propõe a descrever a experiência de 5 anos de um serviço no Brasil e analisar a sobrevida de enxerto nessa população.

Material e Método

Foram revisados prontuários de pacientes transplantados entre 01/03/2011 e 31/12/2017 que tinham idade entre 0 e 18 anos incompletos.

Resultados

Dos 24 pacientes na faixa etária de estudo, 3 foram excluídos da análise: 2 por perda de seguimento e 1 por perda de enxerto precoce. Houve predominância do sexo masculino (57,8%), doença de base sendo glomerulopatia (42,8%) e uso de hemodiálise como terapia renal prévia ao transplante (76,1%). A mediana de tempo em diálise pré-transplante foi 17 meses e o tempo em lista foi 1 mês. A idade variou de 13 a 18 anos. Dois doadores foram vivos (9,5%) e 19 doadores falecidos (90,5%). O tempo de pós-transplante variou de 0 a 52 meses. O tempo de isquemia fria foi em média 15 horas e 32 minutos. Apresentaram delayed graft function 52.3%. Thymoglobulina foi introduzida à indução em 47,6% sem diferença estatística nas variáveis estudadas. As complicações infecciosas mais comuns foram: infecção do trato urinário (44,4%) e infecção por citomegalovírus (33,8%). A creatinina ao final de 24 meses foi em média 1,09 (0,74-1,43). A sobrevida de enxerto foi de 85% até a média de tempo de acompanhamento.

Discussão e Conclusões

O estudo está sujeito a viés de casualidade e a revisão de prontuário é falha por déficit de relato.
Em razão de idade mais elevada, houve predomínio de doenças não congênitas. O serviço apresenta taxas semelhantes a outros serviços em relação a sobrevida de enxerto.

Palavras Chave

Terapia renal substitutiva, transplante renal, doença renal crônica, pediatria