Dados do Trabalho

Título

DESFECHOS CLÍNICOS NO TRANSPLANTE DE PULMÃO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO CEARÁ

Introdução

O transplante pulmonar hoje é uma terapêutica bem estabelecida para diversas doenças pulmonares em estágios avançados. Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), no ano de 2018 foi registrado 121 transplantes pulmonar no Brasil, uma média de 10,8 por mês somente em três estados, sendo Rio Grande do Sul (RS), São Paulo (SP) e Ceará (CE). A adequada avaliação das contraindicações contribui para a menor ocorrência de desfechos clínicos desfavoráveis não relacionados ao enxerto, beneficiando os pacientes com maior chance de sucesso.

Material e Método

Estudo documental retrospectivo de abordagem quantitativa, com corte transversal realizado em um hospital de referência no atendimento a pacientes com doenças pulmonares de Fortaleza, Ceará, no período de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019.

Resultados

Foram analisados 44 prontuários de pacientes que realizaram transplante pulmonar. A média de idade da amostra foi 46,98 ± 14,34 anos. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (67,4%). O tipo mais comum de transplante foi o Bilateral realizado em 39,53%, seguido do Unilateral esquerdo e direito em 30,23% e 25,58%, respectivamente. O tempo médio em que os pacientes estiveram sob ventilação mecânica foi de 12,5 dias. No pós-operatório 41 pacientes apresentaram pelo menos uma complicação e a mortalidade hospitalar foi de 39,53%.

Discussão e Conclusões

O estudo mostrou elevada prevalência de pacientes que realizaram transplante pulmonar e apresentaram complicações pós-operatórias. Apesar de ser um tratamento que aumenta a sobrevida dos pneumopatas, as recomendações quanto a escolha dos pacientes candidatos devem ser criteriosamente seguidas e uma avaliação multidisciplinar deve ser realizada a fim de diminuir os riscos de complicações pós-operatórias.

Palavras Chave

Transplante; Prevalência; Avaliação.