Dados do Trabalho

Título

Esteatose no doador, define o prognóstico do enxerto ? - Experiência de um único centro.

Introdução

O uso de doadores limítrofe vem se tornando mais comum em nosso meio visando reduzir o tempo de espera na fila do transplante. A característica do doador é definida no momento da oferta. Nesse estudo relacionamos a característica do doador, segundo o conceito de DRI, com os achados das biópsias no momento da reperfusão (T0).

Material e Método

Análise retrospectiva de 67 Tx consecutivos feitos no Centro de Tx do Hospital Unimed Sorocaba (CETHUS) entre janeiro/16 e dezembro/18. Baseando-se no conceito de "Donor Risk Index" (DRI), classificamos os enxertos utilizados e dividimos os Tx em relação a seu uso: Grupo 1 (Tx com enxertos ideiais, isto é, DRI < 1,7) e Grupo 2 (Tx com enxertos limítrofes, isto é DRI>=1,7). Relacionamos o percentual de esteatose e o grau de injúria após a reperfusão (Harvesting) com a característica do doador. A sobrevida do enxerto foi o desfecho primário avaliado

Resultados

No Grupo 1 (n=35), a média do percentual de esteatose foi de 16,57% (variando entre 0% - 90%), sendo que 14,28% dos órgãos possuíam esteatose maior que 50%, com sobrevida do enxerto dessa amostra de 60%, e a moda do harvesting foi de 2. Já o Grupo 2 (n=32) o percentual de esteatose de 15,8% (variando de 0% - 95%), sendo que 12,5% dos casos foram utilizados órgãos com percentual de esteatose acima de 50%, dessa amostra a sobre vida do enxerto foi de 50%, e a moda do harvesting foi de 2. Em relação a sobrevida do e enxerto, foi de 75% no Grupo 2 e de 74,28% no Grupo 1. A sobrevivência global de toda a amostra foi de 74.62%

Discussão e Conclusões

Em nossa amostra não houve diferença entre as sobrevida globais, porém um pior desfecho quando a biópsia apresentava mais de 50% de esteatose em um enxerto previamente já classificado como limítrofe.

Palavras Chave

Doador, esteatose, harvesting, sobrevida, enxerto