Dados do Trabalho

Título

INCIDÊNCIA DE DISFUNÇÃO DO ENXERTO EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL

Introdução

No pós-operatório de transplante renal o grande desafio é evitar complicações que possam vir a afetar o funcionamento do enxerto e levar à sua perda, principalmente a rejeição que leva a uma redução da função renal, necessitando de intervenções rápidas para evitar o insucesso do transplante. O estudo tem como objetivo avaliar a incidência de disfunção do enxerto em receptores de transplante renal.

Material e Método

Trata-se de um estudo documental e retrospectivo com abordagem quantitativa, realizado no ambulatório de transplante de um hospital de referência da cidade de Fortaleza-Ceará, no período de julho a outubro de 2018, com 300 pacientes. Os dados foram organizados no programa Excel, e em seguida transferidos para o programa StaticalPackage for Social Sciences (SPSS) versão 21.0.

Resultados

Após avaliação, os dados obtidos evidenciaram que a maioria dos pacientes, após a realização do transplante, não apresentaram disfunção do enxerto (65,3%), rejeição celular (95,0%) e humoral (91,3%), DSA (66,3%), bem como complicações (71,3). Em contrapartida 33,7% tinham anticorpo pré-formado para rejeição, 34,7 % dos pacientes apresentaram disfunção do enxerto e a maioria (46,3%) tiveram tempo de internação entre 10 e 20 dias. Observou-se também uma relação estatisticamente significante entre o DSA e a disfunção do enxerto (p< 0,05) e quanto ao tempo de internação e a disfunção do enxerto (p<0,001), demonstrando que quanto maior o tempo de internação e a presença de DSA, maior a chance dos receptores apresentarem disfunção do enxerto.

Discussão e Conclusões

Mesmo com os avanços a disfunção do enxerto ainda apresenta-se como um entrave para as equipes de saúde, apontando-se assim a necessidade de um acompanhamento individualizado do paciente transplantado para garantir o sucesso do transplante a longo prazo.

Palavras Chave

Transplante, Rim

Área

RIM - Complicações