Dados do Trabalho
Título
Registro Brasileiro Colaborativo de Transplante Renal Pediátrico (CoBrazPed‑RTx): relato de 2004 à 2018
Introdução
O registro colaborativo brasileiro de transplante renal pediátrico (CoBrazPed-RTx) iniciou em 2004, como uma iniciativa multicêntrica destinada a analisar, relatar e disseminar os resultados do transplante renal pediátrico no Brasil.
Material e Método
Análise de banco de dados de todos os transplantes renais pediátricos realizados de janeiro de 2004 a maio de 2018 nos 13 centros participantes.
Resultados
Um total de 2744 transplantes renais pediátricos foram realizados nos treze centros participantes. A mediana de idade foi de 12,2 anos, sendo a maioria (56%) do sexo masculino. As principais doenças de base foram anomalias congênitas do trato urinário (40,5%) e glomerulopatias (28%). 1981 (72%) dos enxertos eram de doadores falecidos (DF) A sobrevida do enxerto em um ano (censurada por morte) foi de 94% no grupo com enxerto de doador vivo (DV) e 91% no grupo DF (teste log-rank P <0,01). A sobrevida dos pacientes em um e cinco anos foi de 97% e 95% para o grupo DV e 96% e 93% para o grupo DF (teste de log-rank P = 0,02). A taxa de perda do enxerto foi de 19% (n = 517), mais freqüentemente causada por trombose vascular (n = 102) e nefropatia crônica do enxerto (n = 90). Receptores DF tiveram 1,6 (1,0-2,2) vezes maior chance de morte e 1,5 (1,2-1,8) vezes maior chance de perda do enxerto em comparação com os receptores de DV. A taxa de mortalidade foi de 5,4% (n = 148), principalmente devido a infecção (n = 69) e doença cardiovascular (n = 28).
Discussão e Conclusões
Os resultados deste registro nacional de transplante renal pediátrico são comparáveis a outros registros internacionais, embora ainda tenhamos uma alta taxa de infecção como causa de morte.
Palavras Chave
transplante renal pediátrico; rim; doador vivo; registro
Área
RIM - Registros/Resultados do Centro
Instituições
CoBrazPed-RTx - Rio Grande do Sul - Brasil, Hospital Ana Neri - Bahia - Brasil, Hospital da Criança Santo Antônio-Santa Casa - Rio Grande do Sul - Brasil, Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP - São Paulo - Brasil, Hospital das Clínicas -Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP - São Paulo - Brasil, Hospital das Clínicas. UFMG - Minas Gerais - Brasil, Hospital de Base - São José do Rio Preto - São Paulo - Brasil, Hospital Geral de Fortaleza - Ceará - Brasil, Hospital Pequeno Príncipe - Paraná - Brasil, Hospital Samaritano - Rio Grande do Sul - Brasil, Instituto da Criança, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina -Universidade de São Paulo - São Paulo - Brasil, Instituto Urologia e Nefrologia - São José Do Rio Preto - São Paulo - Brasil, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente- Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil, Santa Casa de Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil, Santa Casa de São Paulo - São Paulo - Brasil, Universidade de Caxias do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil, Universidade Estadual de Campinas - São Paulo - Brasil, Universidade Federal de São Paulo - Hospital do Rim - São Paulo - Brasil
Autores
Vandrea de Souza, Clotilde Druck Garcia, Jose Medina Pestana, Suelen Bianca Stopa Martins, Luciana de Fátima Porini Custódio, Viviane Bittencourt, Roberta Rohde, Izadora Simões Pires, Maria Fernanda de Camargo, Paulo Koch Nogueira, Luciana de Santis Feltran, Ronaldo de Matos Esmeraldo, Rebeca Carvalho Souza Costa, Benita Schvartsman, Andreia Watanabe, Mariana Faucz Munhoz da Cunha, Romilda Santos, Liliane Cury Prates, Vera Maria Santoro Belangero, Lilian Palma, Henrique Mochida Takase, Luís Gustavo Mondelli de Andrade, Vanda Benini, Simone Paiva Laranjo Martins, Mario Abbud‑Filho, Ida Fernandes‑Charpiot, Horacio Ramalho, Ana Carmen Quaresma Mendonça, Mariana Affonso Vasconcelos, Claudia Andrade Nunes, Mariana Guimaraes Penido de Paula, Carolina Moura Diniz Ferreira Leite, Enzo Ricardo Russo, Inalda Facincani, Mario Bernardes Wagner