Dados do Trabalho

Título

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA IDIOPÁTICA EM CRIANÇA TRANSPLANTADA

Introdução

A Hipertensão Intracraniana Idiopática (HII), ou pseudotumor cerebral pode levar a alterações oftalmológicas acarretando perda visual irreversível. Pacientes transplantados tem um risco maior para HII. O conhecimento do seu quadro clínico e das suas principais manifestações é de fundamental importância para um diagnóstico e tratamento precoce

Material e Método

Relato de caso de paciente masculino, 8 anos, doença de base VUP, transplante renal em fevereiro de 2014, recebendo imunossupressão com tacrolimo, micofenolato de sódio e prednisona. Hospitalizado após 5 anos de transplante por apresentar intensa cefaléia e vômitos. Exame fisico normal. Fundoscopia com evidência de papiledema bilateral. Realizada punção lombar com pressão de abertura de 500mmH2O. Persistia com cefaléia e vômitos, quando referiu episódio de alteração visual. Foi realizada RNM e TC de crânio com achados compatíveis de HII

Resultados

Após confirmação de HII foi iniciada terapêutica com acetazolamida . Apresentou melhora completa dos sintomas e recebeu alta em boas condições. Após 6 dias de tratamento apresentou muitos efeitos adversos da acetazolamida, como dor abdominal, vômitos, hiponatremia e acidose metabólica. Foi necessário suspender a medicação. No momento assintomático, em observação.

Discussão e Conclusões

Corticóide, ciclosporina ou tacrolimo podem causar HII, e ocorrer perda visual permanente. Pacientes transplantados com cefaleia persistente, alterações visuais, náuseas e vômitos devem prontamente ser investigados pela possibilidade de HII. A primeira linha no tratamento é a acetazolamida, mas efeitos adversos podem ser graves como piora da função renal, acidose metabólica e pancitopenia.

Palavras Chave

transplante renal, pediatria, hipertensão intracraniana idiopática