Dados do Trabalho

Título

Doença crônica hereditária e suas perdas simbólicas e concretas: relato de caso após o transplante renal

Introdução

A doença renal policística (PKD) é uma doença hereditária que causa formação de muitos cistos nos rins e mais da metade dos pacientes com essa doença desenvolvem insuficiência renal, necessitando de tratamentos com maior complexidade, como a hemodiálise e o transplante renal. O adoecimento renal traz limitações e mudanças psicossociais, como isolamento social e perda ocupacional, decorrentes das alterações fisiológicas. Essas mudanças psicossociais são marcadas por perdas simbólicas, ou seja, um rompimento forçado de atividades e relações desejadas. No caso da doença hereditária, além de lidar com seu próprio adoecimento, o indivíduo experiencia o adoecimento de seus familiares.

Material e Método

Trata-se de revisão de prontuário e entrevista com a paciente.

Resultados

D. F., sexo feminino, 49 anos, casada, mãe de três filhas, cortadora de cana aposentada há sete anos por invalidez, diagnosticada com PKD, em enfermaria após realização de transplante renal. Dois dos irmãos de D. F. faleceram em decorrência do problema renal. Suas três filhas também são diagnosticadas com a doença. Os atendimentos objetivaram auxiliar na relação da paciente com o adoecimento. Paciente convive com perdas concretas, de familiares falecidos devido a doença, com seu próprio adoecimento e o das filhas, que trazem as perdas simbólicas.

Discussão e Conclusões

Ainda que a doença renal hereditária seja permeada por diversas perdas, o caso relatado demonstra como encontrando um suporte que faz sentido ao indivíduo é possível enfrentar o adoecimento sem agravos psicológicos após a realização do Transplante Renal.

Palavras Chave

transplante renal, psicologia hospitalar, doença renal policística