Dados do Trabalho

Título

O IMPACTO DO TEMPO DE HEPATECTOMIA DO ENXERTO NOS DESFECHOS CLÍNICOS DE PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE FÍGADO

Introdução

Quando o aporte sanguíneo do fígado a ser enxertado cessa, inicia-se a injuria isquêmica. O resfriamento do enxerto é uma medida adotada a fim de diminuir essa injúria. O resfriamento é lento, alcançando o seu nível ideal ao final da hepatectomia quando o enxerto é acondicionado e submerso em solução de preservação resfriada. Publicações prévias tentaram associar o maior no tempo de hepatectomia do doador com piores desfechos clínicos pós-transplante.

Material e Método

Estudo de coorte retrospectiva de pacientes submetidos a transplante hepático em serviço de referência da região Nordeste entre os anos 2014 e 2018. Usamos nossos registros para investigar a relação entre o tempo de hepatectomia do doador e o desfecho clínico em 593 recipientes de enxertos de doadores cadáveres. Regressão logística do tipo Cox foi utilizada para análises estatísticas (disfunção de enxerto e sobrevida do enxerto) ajustadas para variáveis do doador, receptor e critérios de preservação. O tempo de hepatectomia foi definido a partir do clamp da aorta até acondicionamento e imersão em solução resfriada no início da cirurgia de banco.

Resultados

O tempo médio de hepatectomia foi de 41 minutos (28-108 minutos). O tempo de hepatectomia foi associado a pior desfecho com maiores índices disfunção do enxerto e não função do enxerto (HR 1,04 / 1,09 p:.002/,004). Na análise multivariada, o efeito deletério de uma hepatectomia do doador prolongada pode ser mais intensificado em enxerto com piores índices de qualidade (Donor Risk Index Feng. et. al.).

Discussão e Conclusões

O tempo de hepatectomia do doador foi associado a pior desfecho clínico na população estudada. A minimização do tempo de hepatectomia com o resfriamento adequado com o resfriamento adequado do enxerto podem melhorar os resultados.

Palavras Chave

Transplante hepático; Hepatologia; Cirurgia hepática