Dados do Trabalho

Título

PREVALÊNCIA DE DOADORES DE ÓRGÃOS DESCARTADOS NA OPO HC UNICAMP NOS ÚLTIMOS QUATRO ANOS

Introdução

O Brasil se destaca na área da transplantação por possuir um dos maiores
programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos o mundo, ocupando o segundo lugar
em número absoluto em rins, fígado e córnea. A fila para o transplante de órgãos é muito
grande, e não é acompanhada pelo número de doadores. Não sendo cabível o desperdício de
órgãos. Por isso, decidimos analisar os doadores descartados de nosso serviço para analisar
meios de evitar esse descarte.

Material e Método

Trata-se de estudo quantitativo, descritivo, exploratório e retrospectivo. A
pesquisa foi realizada no Serviço de Procura de Órgãos e Tecidos do Hospital das Clínicas da
Universidade Estadual de Campinas, através dos dados das fichas dos potenciais doadores
falecidos que passaram pelo processo de extração de órgãos.

Resultados

A elevação dos valores de Gama-glucoronil transferase apresentou importante
relação com a piora do prognóstico de viabilidade do enxerto, devido ao dano crônico ao
órgão. Os valores aumentados de sódio sérico, mesmo que por curto período e após tentativas
de recuperações agressivas, mostraram-se de grande relevância para diminuição de viabilidade
pós transplante. O uso de Noradrenalina, o elevado número de dias na Unidade de Terapia
Intensiva e o elevado número de dias em ventilação mecânica também apresentaram relação
com a piora da duração e da qualidade pós-operatória do enxerto. A creatinina elevada, como
univariável, também apresentou aumento desse risco de falha.

Discussão e Conclusões

As variáveis analisadas em nosso serviço corroboram com as análises da literatura.
Acreditamos que o cerne da questão para o não descarte de fígados não seria apenas a
extensão desses critérios, mas sim a melhora na assistência desse doador desde a declaração
da morte encefálica.

Palavras Chave

doação de órgãos, transplante de figado,