Dados do Trabalho

Título

Trombose de Arteria Hepática após transplante Hepático: Descrição da Casuística e Revisão da Literatura.

Introdução

A trombose da Artéria Hepática (TAH) é complicação importante em transplantes hepáticos (TH), permanecendo como grave causa de falha de enxerto, sendo relatada em 4% a 15% dos transplantes ortotópicos totais. Tem por fatores de risco principais a técnica cirúrgica e variações anatômicas arteriais do fígado implantado. Objetivou-se descrever a casuística de TAH dentre os transplantes hepáticos realizados na Unidade de Transplante Hepático da Universidade Estadual de Campinas.

Material e Método

Trata-se de estudo longitudinal, retrospectivo e de coorte, sendo avaliados os pacientes submetidos a TH, na Unidade de Transplante Hepático da Universidade Estadual de Campinas, entre 2006 e 2017, através de dados obtidos dos prontuários médicos e arquivos próprios do setor.

Resultados

Foram avaliados 890 TH realizados na UNICAMP, sendo identificados 32 casos de TAH, dos quais 23 pacientes eram do sexo masculino (71,87%) e 09 do sexo feminino (28,12%). A incidência global de TAH foi de 3,59%. Em 43,75% dos pacientes que apresentaram a complicação havia variação anatômica arterial no fígado implantado. TAH recente, definida como a que ocorre em até 15 dias do TH, correspondeu a 87,5% (28 pacientes), e a TAH tardia, após 15 dias, a 12,5% (04 pacientes). O MELD real médio para inscrição no Re-Transplante foi de 20, com uma taxa de re-transplante de 65,63%. A mortalidade dos pacientes re-transplantados foi de 28,2% (09 pacientes).

Discussão e Conclusões

A variação anatômica é importante fator de risco para o desenvolvimento de TAH que é uma complicação cirúrgica grave em razão de sua elevada mortalidade.

Palavras Chave

Trombose de artéria hepática; Transplante hepático.