Dados do Trabalho

Título

Diagnóstico da Refratariedade Plaquetária Imunológica por Histocompatibilidade

Introdução

Pacientes com Refratariedade Plaquetária Imunológica (RPI) apresentam trombocitopenia, sangramentos e anticorpos anti-HLA classe I e HPA. A maioria tem anticorpos anti-HLA (80-90%) e ao sistema HPA (10-20%). Objetivos: Observar resultados de algoritmo para diagnóstico da RPI. Para tanto, realizamos prova cruzada por citometria de fluxo (PCCFP) contra 10 plaquetas aleatórias inicialmente. Nos positivos e com doadores é realizada a transfusão de plaquetas. Nos hipersensibilizados, identificamos os genes HLA e HPA e os anticorpos anti-doador. Realizamos busca pelo programa desenvolvido para registro e seleção de doadores. Identificados os candidatos, realizamos a PCCFP pré-transfusional e a infusão terapêutica.

Material e Método

Estudo de 75 paciente s trombocitopênicos. A PCCFP foi positiva quando o desvio de canal (MCS) foi ≥63. Anticorpos anti-HLA e anti-HPA foram detectados por Single Antigen e os pontos de corte foram MFI≥1000. Desenvolvemos kit para os genes HPA (HPA-1 a 5 e 15) por SSP, estudamos frequência dos alelos na população. Foi criado um software para seleção de doadores (n=426) para o HLA (HLA-A, B e C) e HPA.

Resultados

Realizamos 4096 PCCFP das quais 1904 (46%) foram positivas. Na maioria dos pacientes encontramos pelo menos um doador, exceção paciente extremamente hipersensibilizado. Anticorpos anti-HLA I em 67% (50/75) dos pacientes, dos quais 56% (28/50) eram hipersensibilizados, com PRA ≥80%. Anticorpos anti-HPA existiram em 19% (14/75). Para paciente extremamente hipersensibilizado foi identificado doador HLA idêntico. As transfusões tiveram incremento plaquetário satisfatório.

Discussão e Conclusões

RPI é sub-diagnosticada. Os hipersensibilizados são beneficiados pela compatibilização. A genótipagem HLA e HPA dos doadores de plaquetas deve ser ampliada e sugerimos autorização para o REDOME.

Palavras Chave

Plaquetas