TÍTULO

COMPLICAÇOES POS-OPERATORIAS DA APENDICITE E O TEMPO ATE O DIAGNOSTICO

OBJETIVO

Avaliar a influência do grau da apendicite em relação ao tempo decorrido até o diagnóstico e correlacionar com o tempo de internamento, além de apontar a incidência de complicações intra e pós-operatórias da apendicectomia.

MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal descritivo por análise retrospectiva de 566 prontuários de pacientes submetidos a apendicectomia no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2017 no Hospital Cruz Vermelha, em Curitiba (PR). Foram avaliados os principais dados epidemiológicos dos pacientes e dados referentes ao diagnóstico de apendicite, bem como as possíveis complicações observadas no intra e pós-operatório. As análises estatísticas com p < 0,05 foram consideradas estatisticamente significativas.

RESULTADOS

A amostra foi composta por 54,42% do sexo masculino, sendo que 29 casos no total (5,12%) apresentaram complicações intraoperatórias (lesão de órgãos próximos em 0,53%) e houve 62 casos (10,95%) de complicações pós-operatórias (abscessos em 2,83%). Pacientes graus III e IV apresentaram maior incidência de complicações intraoperatórias (p=0,013) e pós-operatórias (p=0,000017). Ocorreu maior tempo de evolução até o diagnóstico nos graus III (p=0,02) e IV (p=0,025). O tempo de internamento e o tempo de evolução da apendicite até o diagnóstico foi progressivamente maior com o aumento no grau de apendicite ao diagnóstico, com valores de p inferiores a 0,001.

CONCLUSÕES

Houve um aumento progressivo no tempo de internamento dos pacientes grau I até III. O diagnóstico precoce da apendicite nos graus I e II é fundamental para o prognóstico do paciente por estar associado com menor incidência tanto de complicações intraoperatórias quanto pós-operatórias, contribuindo para a melhora do prognóstico do paciente.

PALAVRAS CHAVE

Apendicectomia. Complicações Pós-Operatórias. Diagnóstico precoce. Prognóstico.

Área

ESÔFAGO, ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO