TÍTULO

NASOANGIOFIBROMA JUVENIL UMA ABORDAGEM CIRURGICA RADICAL- UM RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

O angiofibroma nasofaríngeo juvenil (AFJ) é um tumor benigno raro, de caráter fibrovascular, que acomete, quase exclusivamente, pacientes do sexo masculino, com predileção pela fase da adolescência E apesar de raro, o AFJ é a neoplasia benigna mais comum da rinofaringe. Ainda de etiologia desconhecida e patogênese, acredita-se que sofrerá influência androgênica hormonal. Dessa forma, buscamos descrever o caso de um adolescente, atendido em nosso serviço de cirurgia de cabeça e pescoço ( CCP) e submetido à abordagem cirúrgica em um hospital universitário, contribuindo para o meio acadêmico e científico.

RELATO DE CASO

Paciente hebiátrico, 16 anos, foi encaminhado para o ambulatório de CCP do Conjunto Hospitalar de Sorocaba com queixa de obstrução nasal, disfonia e epistaxe recorrente unilateral há aproximadamente 8 meses. A tomografia revelou lesão expansiva, heterogênea, ocupando o segmento posterior das fossas nasais, obliterando a rino e orofaringe, seio esfenoidal direito, comprometendo a lâmina pterigoide .O paciente foi submetido ao tratamento cirúrgico. Na cirurgia realizou-se o acesso Weber-Ferguson para o lado direito, dissecação por planos e ampla visualização do tumor . A remoção radical foi desafiadora devido à extrema vascularização e extensão ao seio cavernoso, fossa média e fossa anterior. O tumor foi totalmente retirado, e o pós operatório não apresentou intercorrências. Até o presente momento, 05 anos depois, o paciente não apresentou recidiva.

DISCUSSÃO

A ressecção do angiofibroma nasofaríngeo juvenil é classicamente considerada uma cirurgia de alto risco no que diz respeito à hemorragia e pode requerer transfusão sanguínea, o que não esta livre de morbidades. Além disso, o sangramento intra-operatório pode dificultara excisão do tumor. A literatura preconiza a cirurgia radical como o tratamento mais eficaz. A embolização pré-operatória, embora apresente riscos, é efetiva na redução de sangramento intra-operatório. Os altos índices de recidiva nos estágios tumorais avançados justificam o cuidadoso seguimento pós-operatório.Enfim, o nasoangiofibroma juvenil é mais frequentemente na área do forame esfenopalatino, e cresce estendendo-se inicialmente à porção posterior da cavidade nasal e teto da rinofaringe. A cirurgia é o tratamento de escolha na vasta maioria dos pacientes com angiofibroma nasofaríngeo juvenil.

PALAVRAS CHAVE

Angiofibroma; Neoplasias Nasofaríngeas; Nasoangiofibroma juvenil.

Área

CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO