CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

ANALISE COMPARATIVA DAS COMPLICAÇOES DA TERAPEUTICA CIRURGICA DA ESOFAGITE CAUSTICA PELO "BY PASS" VERSUS RESSECÇAO ESOFAGICA

OBJETIVO

Analisar comparativamente os resultados precoces e tardios da terapêutica cirúrgica em uma serie de pacientes com esofagite caustica

MÉTODO

Janeiro de 1995 a Dezembro de 2017, 56 pacientes(p) portadores de esofagite caustica (EC) foram submetidos ao tratamento cirúrgico, com predominância do sexo feminino em 36p(64,2%) e com idade variável de 18 a 52a(md-31,5a).A indicação do tratamento cirúrgico foi:refrataria a dilatação endoscópica-39p(69,6%);estenose extensa-10p(17,8%);perfuração esofágica-4p(7,1%) seja aguda ou após manipulação endoscópica;atresia cicatricial-3p(5,3%). A técnica cirurgicaa foi variável, dependendo da extensão da lesão e condições clinicas dos pacientes: GRUPO A: Ressecção do esôfago-27p(48,2%), sendo a reconstrução realizada com o estomago em 16p(28,5%) e com o colo nos 11p restantes(19,6%); GRUPO B-29p(51,8%)- By-Pass retrosternal com o colo e sem ressecção esofágica.Nos 27p em que foi realizada a ressecção esofágica , a via de acesso foi a toracotomia direita em 18p e a transmediastinal em 9p. Em 5 p(8,9%) foi necessário a ressecção gástrica sendo total em 1 p e parcial nos 4 restantes por comprometimento do estomago pelo agente caustico. Foi realizada avaliação precoce em relação as complicações pós operatórias locais e sistêmicas e tardias para avaliar a deglutição pelos critérios propostos por SAEED et al, s variavel de 0(incapaz de degltuir) a 5 (deglutição normal)

RESULTADOS

Em relação as complicações precoces, no GRUPO A 9p(33,3%) apresentaram uma ou mais complicações sendo mais frequentes as complicações no sub grupo com a reconstrução com o colo -6p(54,5%) e com 1p(9,%) evoluindo a obito em relação ao sub grupo com a reconstrução com o estomago -3p(18,7%) e sem óbito.No GRUPO B 9p(31,0%) também apresentaram uma ou mais complicações, mas sem óbito.Das complicações a fistula/estenose da anastomose esofago/visceral cervical ocorreu em 17p(30,3%);infecção pulmonar em 15p(26,7%);tromboembolismo pulmonar em 1p(1,7%) com óbito. Em 41 p, foi realizada avaliação tardia de 2 a 11 anos(md-5,4a), sendo que 34 p(82,9%) tiveram critério de deglutição de SAEED de 5(deglutição normal para sólidos), 5p(12,1%) critério de deglutição de 4(deglutição para pastoso sem dificuldade) com regurgitação intermitente e 2p(4,8%) critério de deglutição de 2(deglute somente líquidos sem dificuldade) além de regurgitação frequente.

CONCLUSÕES

Apesar do tratamento cirúrgico da Esofagite Caustica ,na avaliação precoce proporcionar complicações não desprezíveis, as mesmas tiveram boa resolutividade sendo que a reconstrução com o estomago mesmo associado com a ressecção esofágica parece ser a mais adequada pelo menor numero de complicações. E na avaliação tardia, tanto o grupo de ressecção esofágica como o do "By-Pass" pareceram serem adequados pois a maioria do pacientes de ambos os gorupos apresentaram bom resgate da deglutição

PALAVRAS CHAVE

Esofagite Caustica,Esofagocoloplastia, Reconstrução de Transito

Área

ESÔFAGO, ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO

Instituições

PUC Campinas - São Paulo - Brasil

Autores

JOSE LUIS BRAGA AQUINO, MARCELO MANZANO SAID, LUIS ANTONIO BRANDI FILHO, FELIPE RAULE MACHADO, JOÃO PAULO ZENUM RAMOS, PAULA SREBENICH PIZZINATO, VANIA APARECIDA LEANDRO MERHI