CONGRESSO PAULISTA DE CIRURGIA - 21º ASSEMBLÉIA CIRURGICA DO CBCSP

Dados do Trabalho


TÍTULO

EVOLUÇÃO DO APRENDIZADO DO RESIDENTE DO PRIMEIRO ANO NA CIRURGIA DE HÉRNIA INGUINAL PELA TÉCNICA DE LICHENSTEIN

OBJETIVO

Através de estudo observacional e informativo, avaliar a evolução dos médicos residentes da Cirurgia Geral do primeiro ano quanto a evolução da técnica, destreza manual, entender as complicações pós-operatórias na correção da hérnia inguinal uni ou bilateral em ambos os sexos pela técnica Lichenstein, comparando-se dois períodos distintos do programa com alteração de seis meses.

MÉTODO

O Hospital Estadual Vila Alpina, SECONCI-OSS, tem no seu programa de residência médica em Cirurgia Geral dez residentes do primeiro ano. Os mesmos passam em rodízio, dois meses em períodos alternados na atividade de cirurgia eletiva ambulatorial. Foram avaliadas as hérnias inguinais unilaterais operadas em 2016 (391) sendo 346 do sexo masculino e 45 do sexo feminino, e em 2017 (335) sendo 291 do sexo masculino e 63 do sexo feminino e as hérnias inguinais bilaterais em 2016 (149), com 134 do sexo masculino e 15 do sexo feminino, e em 2017 (219) com 198 do sexo masculino e 21 do sexo feminino. O residente do primeiro ano participa como cirurgião sempre supervisionado em campo por um docente do “staff” auxiliando e orientando o procedimento. Diante disso avaliamos a evolução do aprendizado comparando-se nos dois períodos o tempo cirúrgico, conhecimento da anatomia local e da técnica, complicações do procedimento, como hematoma, seroma, infecção na incisão, edema testicular, dor persistente ou recorrente no local.

RESULTADOS

O tempo médio cirúrgico foi reduzido no segundo rodízio, em cada região, de cem para setenta minutos. O tempo de internação não variou em todos os grupos oscilando em 1,5 dias. O paciente operado retorna após retirada de pontos, sendo feito no período de sete a dez dias nas Unidades de Saúde, retornando no nosso ambulatório com a equipe de residentes e assistente no período de quinze a trinta dias, em caráter eletivo, agendado. Complicações como hematoma, seroma, deiscência na incisão permaneceu nos dois grupos ao redor 2% e dor no local cirúrgico em 1%.

CONCLUSÕES

A auto avaliação dos residentes relataram uma sensação de melhora no nível da destreza com mais segurança e conhecimento da anatomia e seguimento da técnica no segundo período do rodízio, apresentando maior nível de satisfação na realização da cirurgia de hérnia inguinal pela técnica de Lichenstein. As avaliações dos assistentes, das equipes do "staff" cirúrgico, observaram as dificuldades inerentes aos residentes em ambos os rodízios, com variações nítidas e dificuldades oscilando nos dois períodos, notando-se dificuldades no aprendizado e destreza manual de alguns residentes, mesmo no segundo rodízio, embora com evolução favorável na técnica e conhecimento anatômico.

PALAVRAS CHAVE

HÉRNIA INGUINAL. LICHENSTEIN. PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA

Área

MISCELÂNIA

Instituições

HOSPITAL ESTADUAL VILA ALPINA - SECONCI-OSS - São Paulo - Brasil

Autores

MÁRIO LUIZ QUINTAS, JOÃO VICTOR FONSECA RIBEIRO, GUSTAVO HENKLAIN DUARTE, GUILHERME HENRIQUE BACHIEGA SANTOS, ERIK ALBUQUERQUE, FILIPE LAMOUNIER BARROS GUERRA, LEANDRO MARIANO SILVA, JÚLIO CÉSAR ARAÚJO NÓBREGA